Até 2035, o Brasil deve se tornar um exportador líquido de petróleo, com previsão de enviar 2,7 milhões de barris por dia, segundo o Caderno de Abastecimento de Derivados de Petróleo, divulgado nesta sexta-feira (28) pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
A análise indica que, até esse período, a capacidade de refino no Brasil será aumentada em 10%, com grandes projetos de investimento. Entre os principais projetos, estão a conclusão do segundo trem da RNEST (Refinaria Abreu e Lima) e o Complexo de Energias Boaventura, além de ampliações em unidades de destilação e hidrotratamento de diesel.
As importações de óleo a diesel devem alcançar novos recordes. Por outro lado, a dependência externa da nafta deverá cair de 59% para 29%.
Já no caso do QAV (querosene de aviação), a redução será ainda mais expressiva, passando de 18% para apenas 4%, impulsionada pelo aumento de investimentos em refinarias, biorrefinarias e pelo uso crescente de combustíveis renováveis.
Alexandre Silveira, ministro do MME destacou que o Brasil está ampliando sua capacidade de refino para diminuir a dependência externa de derivados de forma sustentável.
“Esse movimento combina autossuficiência, geração de emprego e renda, e mais segurança para todo o sistema energético nacional. O estudo reforça a qualidade do nosso planejamento e dá previsibilidade para que os investimentos necessários, tanto na expansão industrial quanto no financiamento da transição energética, avancem com responsabilidade e visão de longo prazo”, declarou o ministro.
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