O volume de transações de ativos públicos realizados no mercado de energia solar mais que triplicou no Brasil no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram 28 operações contabilizadas nos primeiros seis meses deste ano, contra oito de janeiro a junho de 2023. Os dados fazem parte do “Boletim M&A”, divulgado pela Greener nesta quinta-feira (25).
Dos 28 ativos transacionados, 11 envolveram a compra e a venda de empresas da cadeia solar e outras 17 estiveram relacionadas às aquisições de portfólios com usinas fotovoltaicas de geração distribuída e centralizada.
Segundo Márcio Takata, CEO da Greener, a compra e venda de ativos solares no país deverá acelerar ainda mais na segunda metade de 2024, com tendência de crescimento ainda maior entre 2025 e 2026.
“Atualmente, o mercado conta com mais de 400 portfólios com usinas de minigeração distribuída que passarão por um processo de consolidação nos próximos anos, impulsionando o número de transações”, disse ele.
Em relação aos tipos de mercados existentes para compra e venda de ativos, o estudo da Greener avalia que o de geração centralizada se mostra promissor devido às possibilidades existentes no Mercado Livre de Energia.
Ao todo, os portfólios de usinas solares transacionadas totalizaram 64 empreendimentos e 2.386 MWp nos primeiros seis meses do ano, um aumento significativo em relação aos 1.621 MWp e 1.354 MWp do primeiro e do segundo semestre de 2023, respectivamente.
A Greener ressalta que os modelos de negócio como a autoprodução por equiparação devem ganhar força nos próximos anos, visto que possibilitam isenção de encargos nas tarifas de energia dos acionistas das respectivas SPEs.
“A potência do 1º semestre de 2024 já se mostrou equivalente a 80% da mapeada em todo 2023 e ultrapassou em 12% a transacionada em 2022”, destaca a empresa de pesquisa e consultoria”, destaca a consultoria.
No mercado de geração distribuída, por sua vez, foram 286 MWp negociados no primeiro semestre de 2024 a partir de um portfólio com 90 usinas solares somadas. Os números, inclusive, superam com folga os resultados computados por todos os outros semestres anteriores analisados pela Greener.
“Há um aumento expressivo no número de usinas transacionadas em relação aos anos anteriores. Grande parte das aquisições foram impulsionadas por empresas do setor de investimentos, as quais veem no Brasil um mercado promissor”, destaca a empresa.
Já em relação aos ativos envolvendo a transação de empresas, o levantamento da Greener identificou que 66% das companhias investidoras são de geradoras de energia adquirindo marcas de outros segmentos. Os demais 34% envolvem instituições financeiras e corporações de óleo e gás.
“Com um mercado bastante dinâmico, diferente do trimestre cujo investimento foi predominantemente em gestoras de energia, o 2º trimestre de 2024 apresentou um movimento de diversificação, evidenciando algumas das possíveis áreas de atuação com energia solar”, destaca a Greener.
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