BYD e Orion-E firmam parceria para construir mil usinas de 100 kWp cada

Acordo beneficiará aproximadamente 4 milhões de produtores rurais inscritos na agricultura familiar
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03-04-23-canal-solar-BYD e Orion-E firmam parceria para construir mil usinas de 100 kWp cada
Peipei Cao (CFO BYD LATAM) e Marco Aurélio (COO Orion-E). Foto: BYD/Divulgação

A BYD anunciou uma parceria com a ORION-E Sustainable Energy para a construção no formato Full EPC de 1.000 usinas de 100 kWp cada uma, somando a marca de 100 MWp em um período de dois anos.

O acordo tem como foco o Projeto 3 Marias desenvolvido pela Orion-E, voltado para a produção e entrega de energia renovável por meio do arrendamento de terras do pequeno produtor rural para a instalação de usinas fotovoltaicas, produzindo energia solar na modalidade de microgeração distribuída.

A iniciativa serve como instrumento de inclusão social, com potencial de alcançar parte dos quase quatro milhões de produtores rurais inscritos na agricultura familiar espalhados por todo o território brasileiro. A parceria eleva a renda destas famílias em até 40%, com contratos por um período de até 30 anos.

No projeto, a BYD construirá os sistemas por meio de seus parceiros integradores credenciados em todo Brasil e a Orion-E Sustainable Energy será responsável pela distribuição desta eletricidade por meio da locação destas usinas ao cliente final.

De acordo com a fabricante, a mesma será a responsável pelo Full EPC (Engineering, Procurement and Construction), ou seja, a entrega das plantas no modelo “turn-key”, instaladas e funcionando.

ESG

Como impacto ambiental, está a mitigação e compensação das emissões de GEE (gases de efeito estufa) proveniente dos quase 30 GW de usinas que utilizam combustíveis não renováveis.

E, também, o acordo de que todas as plantas construídas, ao completarem sua vida útil, tenham os seus componentes reciclados por meio da empresa de reciclagem Beta-O, que pertence ao Grupo Orion-E.

Como prática de governança, a companhia disse que foi criado o MegaWatt Validado, selo que garante o padrão das operações do segmento em território nacional.

Inclusão em projetos de larga escala

Segundo a BYD, o mercado de energia solar fotovoltaica contará com o primeiro projeto de larga escala pensado exclusivamente na democratização da energia limpa e renovável.

“A energia renovável, incluindo a solar, chegou tardiamente ao Brasil, mas de forma correta. Se olharmos com atenção para as oportunidades que a Lei 14300 traz ao setor, é evidente que 2023 tem todo o potencial de ser o ano da energia renovável, com segurança jurídica e auditoria comprovada para as boas práticas”, enfatizou Marco Aurélio, COO da Orion-E.

“O Projeto 3 Marias da Orion-E é um projeto com propósito e a BYD quer ajudar a construir esse sonho. Temos hoje um custo de instalação mais baixo, avanços tecnológicos cada vez mais expressivos e um chamado global para uma transição sustentável da matriz energética”, pontuou Sócrates Rodrigues, diretor de Projetos da BYD do Brasil.

“Aliado a isso, os custos de energia elétrica cada vez mais elevados, a atual regulação e segurança jurídica do setor fotovoltaico brasileiro, e a abertura total do mercado de energia elétrica, certamente deverão potencializar a descentralização e a democratização da geração da própria energia”, relatou.

Para Marcelo Taborda, diretor de Vendas da BYD Energy do Brasil, além de módulos fotovoltaicos, a BYD fornecerá uma solução completa, levando a marca de um fabricante presente no Brasil.

“Para se ter ideia, o número de 100 MWp é muito expressivo. Como comparação, as mil usinas terão capacidade para abastecer o equivalente a 30 mil casas”, concluiu Taborda.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

Uma resposta

  1. Por que construir usinas de 100 kwp, melhor custo benefício seria de 75kwp de inversor com 100 ou 112kwp de módulos, para fucar na microgeracao.

    se a reportagem cita 100 kwp e esta se referindo a qua tidade de módulos ( é volume) pois o que vale é a injeção na rede (inversor)

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