O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) manteve o alerta de atenção ligado em relação à crise hídrica e recomendou ao Governo Federal, nesta quarta-feira (07), uma série de medidas para garantir a oferta de energia elétrica aos consumidores brasileiros, em meio ao baixo nível dos principais reservatórios do país, em especial na bacia do Rio Paraná.
De acordo com o MME (Ministério de Minas e Energia), o comitê pediu que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) passe a avaliar, em conjunto com ANA (Agência Nacional de Águas), estratégias de utilização dos reservatórios das usinas hidrelétricas da bacia do Rio Grande.
A Pasta também recomendou novas flexibilizações das restrições hidráulicas nas usinas de Jupiá, Porto Primavera, Ilha Solteira e Três Irmãos, cujos níveis de operação têm impactos para a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. Para isso, o ONS deverá divulgar as perspectivas de operação das usinas, com no mínimo 15 dias de antecedência.
Ademais, apontou que as afluências dos rios brasileiros permanecem inferiores aos valores médios históricos e que foi determinado ao ONS o despacho de geração termelétrica fora da ordem de mérito e importação de energia, sem substituição a partir da Argentina ou do Uruguai, e sem limitação nos montantes e preços associados.
Segundo o ministério, ainda ficou definido com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) a realização de uma campanha de conscientização do uso eficiente da energia elétrica. A mesma será de realização obrigatória pelas concessionárias de distribuição, no segundo semestre de 2021.
Por fim, o MME destacou que o comitê pontuou como positiva a expansão da capacidade de geração e de transmissão de energia elétrica do país, que no primeiro semestre deste ano foi predominantemente advinda de fontes renováveis. O CMSE entende que para os próximos anos a tendência tem que ser a manutenção desse cenário.