O setor de biomassa reagiu com preocupação à divulgação das novas diretrizes do LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade) de 2026, publicada na última sexta-feira (24). A Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia) criticou a exclusão das térmicas a biomassa e afirmou que vai solicitar ao MME (Ministério de Minas e Energia) uma revisão das regras do certame.
Para a entidade, a retirada das usinas de biomassa contraria o histórico de incentivo à geração renovável e distribuída, além de gerar insegurança regulatória. Agentes do setor também avaliam com estranhamento a mudança de sinalização do governo, já que o novo modelo passou a permitir a participação do biodiesel, mas manteve de fora as demais fontes de biomassa.
Potencial e contribuição da cogeração
A Cogen pretende abrir diálogo com o MME para expor as vantagens da cogeração a biomassa, tanto para a indústria quanto para o ONS (Operador Nacional do Sistema). A entidade argumenta que essas térmicas oferecem potência firme, despachabilidade e baixo custo, com geração renovável disponível ao longo de todo o ano.
No leilão anterior, uma nota técnica havia justificado a exclusão das térmicas a biocombustíveis pela retirada do biodiesel. Agora, com a entrada dessa fonte, o setor cobra coerência do governo e pede a reincorporação de usinas movidas a etanol, bagaço de cana, biogás, biometano, licor negro, resíduos florestais e agrícolas.
A associação reforça que a biomassa é estratégica para garantir segurança energética e sustentabilidade, atributos essenciais para a transição energética e para as metas que o Brasil pretende apresentar durante a COP 30.
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