[gtranslate]

Comerc e KWP investem em usinas solares flutuantes na Represa Billings

Com investimento de 400 milhões, projeto busca expandir a GD na RMSP
Comerc e KWP investem em usinas solares flutuantes na Represa Billings
Projeto de usinas solares flutuantes na Represa Billings em São Paulo. Foto: Comerc Energia/Divulgação

A Comerc Energia anunciou sua entrada no projeto de usinas solares flutuantes na Represa Billings, o maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo, em uma joint venture com a KWP Energia.

Eduardo dos Santos Soares, vice-presidente de geração de energias renováveis da Comerc, destacou que essa é uma oportunidade de oferecer GD (geração distribuída) à sua base de clientes. “Em São Paulo, alugar uma grande área seria algo complexo. Então, a Billings se apresenta como uma alternativa muito bacana”, pontuou.

“Você tem muitos consumidores que estão perto da carga e dentro de uma área que passou a ser uma área aproveitável. Dificilmente nós encontraríamos na grande São Paulo um terreno em que a gente pudesse viabilizar economicamente uma planta de 80 MW“, complementou.

A operação foi formalizada em 1º de agosto, com participação de 50% para a Comerc e 50% para a KWP. Atualmente, o empreendimento conta com 5 MW, mas para chegar ao objetivo de 80 MW nos próximos 24 a 36 meses, as empresas investirão juntas R$ 400 milhões.

De acordo com Bruno Falcão, diretor de novos negócios da Comerc, “a gestão do dia a dia comercial está sendo feita pela Comerc, já a implantação, operação e manutenção vêm sendo tocadas pela KWP”.

A fase inicial do projeto já tem 100% da energia contratada, com o banco Santander como um dos principais consumidores. O banco utiliza 4 MWh para atender 160 agências em São Paulo e na RMSP. O contrato tem duração de 18 anos e a gestão dos créditos é realizada pela Tools Digital Services, empresa do próprio Santander.

Além de São Paulo, a Comerc Energia também opera com GD na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco.

Ainda segundo Soares, a área que já foi utilizada para o projeto não ocupa nem 1% da represa e as usinas flutuantes representam uma grande vantagem. “Na flutuante, nós não temos os custos envolvidos em terraplanagem, estaqueamento”, comentou.

“Por outro lado, nós temos todo o desafio da gestão dos flutuadores, da ancoragem dos flutuadores. Mas na hora que você troca as complexidades há um equilíbrio, o que eu já acho muito positivo”, acrescentou Soares.

“diminui a evaporação e preserva a água que é usada pela sociedade para consumo, plantação, entre outras atividades. A existência dos painéis também termina protegendo do crescimento de algas, isso também colabora “, concluiu.

Painel solar flutuante 

Segundo dados de 2024 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a geração de energia solar representa 17% de toda a matriz elétrica brasileira, em um mercado que vem se expandindo cada vez mais.

A energia solar flutuante tem capacidade de dobrar a capacidade instalada de energia solar existente, já que existem no mundo mais de 400.000 km² de reservatórios artificiais de água (pântanos, represas, reservatórios e similares) segundo o Banco Mundial.

De acordo com a Wood Mackenzie, o mercado global de energia solar flutuante deve atingir a marca de 6 GW até 2031, à medida que os desenvolvedores de energia fotovoltaica buscam alternativas para atender à crescente demanda solar.

Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: [email protected].

Picture of Emily Castro
Emily Castro
Graduanda em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Possui experiência na produção de matérias para portais jornalísticos, rádio e podcast.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal