Curtailment é algo que todos teremos que conviver, diz presidente da EPE

Porém, Thiago Prado defende o respeito aos contratos e a busca por soluções que não atrapalhem os investimentos no setor de geração
Rio Construção Summit 2025 Foto: EPE/Divulgação

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Thiago Prado, destacou que o setor elétrico precisará aprender a conviver com o curtailment – cortes na geração renovável quando há excesso de oferta em relação à demanda. 

A declaração foi feita na última semana, durante mesa-redonda no Rio Construção Summit 2025, que reuniu representantes da indústria, do poder público e de instituições ligadas ao setor.

No painel “Transição Energética: Financiamento, Inovação e Oportunidades para o Setor Produtivo”, Prado falou sobre a principal crise vivida atualmente pelo setor elétrico. Para ele, embora o curtailment seja inevitável, é fundamental preservar a segurança jurídica e a atratividade dos investimentos.

“Em nossos estudos, o curtailment é fato dado, algo com que todos terão que conviver, porque é uma coisa simples da relação consumerista: se produz algo que não tem ninguém para consumir”, afirmou.

O executivo reforçou a necessidade de medidas que assegurem equilíbrio no setor. “É algo que precisamos compreender e fazer uma alocação de riscos. Precisamos respeitar os contratos, respeitar aqueles que investiram, compreender melhor a alocação de preços e também estruturar uma solução para que não inibamos a expansão futura que o planejamento considera que vá acontecer também”, completou Prado.

O debate contou ainda com a participação de Luciana Costa, diretora do BNDES; Marcello Costa, diretor de Novos Negócios da ABEEólica; e Michel Sednaoui, coordenador da Força-Tarefa na ABSOLAR. A moderação foi de Leon Rangel, gerente de Relações Governamentais da BMJ Consultores Associados.

Na visão de Luciana, a superação desse desafio exige cooperação entre governo e mercado. “Acho que agora as MPs [Medidas Provisórias] são uma grande oportunidade para isso”, disse.

Já Michel defendeu a importância de sinalizações econômicas e locacionais claras, além de maior ênfase em inovação tecnológica. “Que seja completamente técnico o embasamento para esses sinais. Do ponto de vista da tecnologia e financiamento, é realmente acelerar, e muito, o armazenamento, com digitalização.”

Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: redacao@canalsolar.com.br.

Foto de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Os comentários devem ser respeitosos e contribuir para um debate saudável. Comentários ofensivos poderão ser removidos. As opiniões aqui expressas são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a posição do Canal Solar.

Notícias do Canal Solar no seu E-mail

Relacionados

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal

<
<
Canal Solar
Privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.