Demanda de eletricidade no Brasil deve crescer 3,3% ao ano até 2035, projeta EPE

O Caderno de Demanda de Eletricidade do PDE 2035 projeta forte evolução do consumo para acompanhar a evolução da economia brasileira
Demanda de eletricidade no Brasil deve crescer 3,3% ao ano até 2035, projeta EPE
Foto: Freepik

O consumo de energia elétrica no Brasil deve crescer, em média, 3,3% ao ano até 2035, alcançando 939 TWh, segundo projeções do Caderno de Demanda de Eletricidade do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). O estudo foi lançado nesta quinta-feira (18) pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

No cenário inferior, o crescimento da demanda pode ficar em 2,7% ao ano, chegando a 872 TWh. Já no cenário superior, mais dinâmico, a expansão seria de 5% ao ano, com consumo de 1.118 TWh em 2035.
O setor de comércio e serviços deve liderar a expansão, com alta média anual de 4,7%, somando 179 TWh no fim do período. A classe residencial deve crescer 3% ao ano, atingindo 254 TWh, em um universo projetado de 91 milhões de unidades consumidoras.

A indústria terá incremento médio de 2,8% ao ano, chegando a 272 TWh, com destaque para os segmentos de metalurgia, química e cimento. Outras classes, como rural, administração pública, saneamento e iluminação pública, devem somar 136 TWh em 2035, com crescimento médio de 4,2% ao ano.

O PDE 2035 incorporou, pela primeira vez, a análise de cargas especiais, como eletromobilidade, centros de dados e produção de hidrogênio por eletrólise. Esses usos emergentes podem representar entre 1,2% e 12,9% da demanda total em 2035, dependendo do cenário considerado.

No SIN (Sistema Interligado Nacional), a carga global de energia deve atingir 115 GW médios no cenário de referência, podendo alcançar 138 GW médios no cenário superior. A demanda máxima integrada pode superar 180 GWh/h, sobretudo com a entrada de grandes consumidores ligados a hidrogênio e data centers.

O estudo também projeta que as perdas técnicas e não técnicas, atualmente em torno de 18% da carga, tendem a recuar levemente em cenários de maior dinamismo econômico e de integração de grandes cargas conectadas à rede básica.

Outro ponto de destaque é a autoprodução de eletricidade. O segmento deve representar 11,6% do consumo total em 2025 e crescer em média 1,6% ao ano, alcançando 92,4 TWh em 2035. Entre indústrias de alta intensidade energética, como siderurgia, celulose e petroquímica, o avanço esperado é de 3% ao ano.

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Ericka Araújo
Líder de Comunicação do Canal Solar. Host do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado de energias renováveis. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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