As distribuidoras de energia elétrica já cancelaram e suspenderam mais 3 mil pedidos de conexão para instalação de sistemas fotovoltaicos em residências, fachadas e pequenos terrenos no Brasil ao longo dos últimos meses.
Trata-se de um volume de projetos que, caso tivessem sido aceitos pelas concessionárias, teriam adicionado cerca de 1 GW de potência instalada ao país, segundo levantamento divulgado, na manhã desta terça-feira (08), pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar).
A entidade, que ouviu 715 empresas de instalação de sistemas fotovoltaicos para realizar o estudo, alega em seu levantamento que a geração própria de energia solar estaria sofrendo “um boicote deliberado nos últimos meses por parte das distribuidoras, com prejuízos que somam mais de R$ 3 bilhões ao país”, pontua o documento.
O estudo da ABSOLAR, foi feito entre os dias 14 de julho e a primeira semana de agosto deste ano. Segundo a pesquisa, as distribuidoras que apresentam maior quantidade de projetos fotovoltaicos cancelados ou suspensos são:
- CEMIG, em Minas Gerais;
- CPFL Paulista, no interior do Estado de São Paulo;
- RGE, no Rio Grande do Sul;
- Coelba, na Bahia;
- Elektro, em parte do território paulista e no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a associação, as alegações de suspensão e cancelamento de projetos fotovoltaicos dos consumidores por parte das distribuidoras, sob o argumento de que suas redes estão incapacitadas de receber energia injetada pelos novos sistemas de energia solar, não possuem comprovação técnica e nem observam as exigência da regulação vigente.
Na avaliação da entidade, as suspensões e os cancelamentos realizados pelas distribuidoras impuseram um enorme prejuízo aos consumidores, que investem a longo prazo na tecnologia fotovoltaica, e às empresas do setor, que geram emprego e renda nas regiões onde atuam e movimentam a economia local.
“Tais alegações envolvem afirmação sobre eventuais inversões de fluxo de potência em subestações e exigência, por exemplo, de só poder injetar energia do sistema solar na rede no período da noite”, destaca a ABSOLAR.
Para Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da associação, a ausência de estudos e análises técnicas que comprovem a situação da rede reforça a tese do setor de energia solar de que tais argumentos são infundados, abusivos e arbitrários.
“Algumas análises disponibilizadas pelas distribuidoras são tão absurdas que constituem mero documento copiado e colado, enviado de forma idêntica a projetos completamente distintos e em localidades diferentes”, disse ela.
Para a executiva, sem nenhuma comprovação técnica, essas alegações não possuem respaldo na regulamentação vigente. “Queremos que o direito do consumidor, de gerar a própria energia, seja preservado e que o direito das empresas integradoras, de exercerem o seu trabalho, também seja garantido pelas autoridades e agentes do setor elétrico”, acrescentou Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
isso em parte expressiva. e culpa dos proprios consumidores, que adquirem o proprio kit de equipamentos e fazem a instalação sem regularizar com a concessionária e também das empresas integradoras que prometeram ao cliente poder expandir seu sistema so acrescentando módulos sem passar por nova homologação. Tem cliente que nos chama para efetuar acrescimo de potencia e quando falamos que precisa de novo projeto para tal expansão, briga conosco pois quem vendeu. alegou poder dobrar a capacidade sem projeto.