A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) atualizou o PDD (Plano de Desenvolvimento da Distribuição) com base nas informações encaminhadas pelas distribuidoras em 2025. A projeção é de que sejam investidos R$ 235,7 bilhões entre este ano e 2029 – mais que o dobro do valor aplicado no ciclo anterior, de 2021 a 2024.
A maior parte dos recursos será direcionada à expansão do sistema – R$ 144,7 bilhões –, com foco em obras associadas ao aumento de carga, impulsionado tanto pela maior demanda de consumidores atuais quanto pela conexão de novas unidades consumidoras.
Outros R$ 58,53 bilhões devem ser aplicados em melhorias, voltadas exclusivamente ao aprimoramento da qualidade e da confiabilidade das redes de distribuição.
Já R$ 32,45 bilhões serão destinados à renovação de ativos – ou seja, à substituição de equipamentos que atingiram o fim de sua vida útil ou que sofreram avarias (como queimas e danos estruturais).
No ciclo anterior, entre 2021 e 2024, os investimentos totais somaram R$ 112 bilhões – sendo R$ 70 bilhões em expansão, R$ 25,55 bilhões em melhorias e R$ 16,38 bilhões em renovação de ativos.
Somente em 2025, o setor prevê aplicar R$ 46,83 bilhões em obras nas redes de distribuição de energia elétrica.
De acordo com a ANEEL, os dados foram enviados por 92 distribuidoras. Outras oito empresas que não apresentaram as informações dentro do prazo serão acompanhadas pela fiscalização da agência.
Segundo a ABRADEE (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), a atuação regulatória da ANEEL e a previsibilidade trazida pelo debate sobre a prorrogação das concessões têm sido fundamentais para viabilizar esse ciclo de investimentos.
“As distribuidoras de energia elétrica estão comprometidas com a expansão e a modernização das redes, com foco na melhoria contínua da qualidade do serviço prestado à população. Os investimentos previstos até 2029 demonstram o esforço do setor para acompanhar o crescimento da demanda, aumentar a resiliência das redes e garantir mais confiabilidade no fornecimento de energia, com foco na redução de interrupções e na resposta a eventos climáticos extremos”, escreveu a entidade em resposta ao Canal Solar.
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