Há pouco mais de uma década, falar em energia solar no Brasil ainda soava como um conceito distante. Para o empreendedor Renan Molina, no entanto, tratava-se de uma aposta ousada e promissora. Atualmente, à frente da Aurum Energy, ele colhe os frutos dessa visão de futuro e inovação, com um faturamento anual de R$ 1,5 milhão.
Molina iniciou sua carreira no setor de engenharia, trabalhando na empresa da família. O foco era claro: melhorar o desempenho energético de clientes por meio de soluções mais eficientes. Mas, foi em 2012, com a REN 482, que tudo mudou.
Ao perceberem o potencial da energia fotovoltaica, Renan e seu pai embarcaram para a China em busca de tecnologias que pudessem impulsionar esse modelo no Brasil.
Os primeiros anos, porém, foram marcados por desafios. Segundo o empresário, a fonte solar ainda enfrentava resistência no país, e convencer as pessoas de que era possível gerar a própria eletricidade exigia um esforço constante.
“Naquela época, tudo ainda era muito novo, e o mais curioso é que a nossa maior dificuldade era, muitas vezes, convencer as pessoas de que era realmente possível produzir a própria energia por meio de uma estrutura instalada em casa”, disse.
Quatro anos depois, a empresa concretizou seu primeiro grande projeto: a instalação de um sistema fotovoltaico no CEFAN (Centro Educacional da Marinha), localizado no Rio de Janeiro.
Naquele período, o cenário ainda era incipiente, com apenas 1.148 instalações registradas em todo o país, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Fundação da Aurum Energy e parceria com 77Sol
Motivado pela busca por independência energética, o empresário decidiu seguir carreira solo e fundou a Aurum Energy, companhia que atua na integração de sistemas solares de todos os portes, com foco na microgeração para pequenos consumidores.
O crescimento veio com a entrada de um parceiro estratégico, a 77Sol. O acordo proporcionou acesso a uma ampla rede de distribuidores e equipamentos, possibilitando maior agilidade e escala na entrega dos projetos.
Com uma equipe de quatro integradores, a Aurum mantém um ritmo constante de entregas e uma carteira diversificada de clientes. Seus sistemas, com média de 30 kW, destacam-se pela personalização e acessibilidade.
Segundo o fundador, o cenário atual é completamente diferente: a tecnologia já não precisa mais ser explicada, apenas comparada com outras opções do mercado.
“Atualmente, a energia solar já se tornou algo bem mais realista e palpável para a população. Para nós, que vivenciamos esse setor há bastante tempo, é perceptível como hoje é necessário gastar bem menos saliva e energia para se conquistar um cliente”, relatou.
“Agora, é muito mais um trabalho de se apresentar números e comparações do que precisar explicar as vantagens dessa escolha”, afirmou o executivo.
Futuro do setor solar
Na visão de Renan Molina, o futuro do setor está na adoção dos sistemas híbridos, que combinam geração solar com armazenamento em baterias. “Os equipamentos têm evoluído de forma muito mais rápida com a tecnologia atual, e acompanhar todos os movimentos de mercado se tornou uma tarefa bem mais complexa”.
“As opções estão se tornando cada vez mais amplas e a tendência passa por um mercado pulverizado e pronto para atender a demandas energéticas específicas de formas mais assertivas”, finalizou.
Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: redacao@canalsolar.com.br.