Projeções divulgadas, nesta quarta-feira (07), pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) apontam que, em 2023, a fonte solar deverá gerar mais de 300 mil novos empregos por todas as regiões do Brasil.
Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos gerados pelo setor poderão ultrapassar os R$ 50 bilhões no próximo ano, incluindo as usinas de grande porte e os sistemas de micro e minigeração.
Ao todo, estima-se que serão adicionados mais de 10 GW de potência instalada em 2023, chegando a um total acumulado de mais 34 GW, o equivalente a um crescimento de mais de 52% sobre a potência solar atual do país.
Dos 34 GW totais, 21,6 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas instalados pelos consumidores nas residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, enquanto os 12,4 GW estarão em grandes usinas solares.
Até o final do próximo ano, as perspectivas também são de que o setor terá gerado cerca de 1 milhão de empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos. Os investimentos acumulados devem chegar a R$ 170,9 bilhões, com mais de R$ 53,8 bilhões em arrecadação de tributos públicos.
Base de cálculo
As projeções da ABSOLAR foram feitas com base em um cenário conservador, considerando fatores macroeconômicos, como câmbio e inflação, as mudanças de governos federal e estaduais, os efeitos das políticas energéticas, tais como a Lei nº 14.300/2022 e possíveis consequências da modernização do setor elétrico.
Os desafios de disponibilidade de profissionais e maquinários civis e a possibilidade de novos incentivos para as fontes renováveis no pais também foram levados em consideração, conforme explica Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação.
“Projetamos um crescimento consistente da energia solar em 2023, impulsionado pelos aumentos na conta de luz e pelos benefícios proporcionados pela fonte a todos os consumidores brasileiros. A tecnologia fotovoltaica tem se popularizado cada vez no País, atingindo todas as classes de consumo e provocando um efeito multiplicador positivo na sociedade”, disse.