No dia 7 de setembro, o Brasil celebra os 203 anos de sua independência, quando Dom Pedro I proclamou às margens do Rio Ipiranga a ruptura com Portugal. O ato histórico consolidou o país como nação soberana, capaz de trilhar seus próprios caminhos políticos e econômicos.
Mais de dois séculos depois, o Brasil vive um novo movimento de independência — desta vez no setor energético. Se antes o grito foi por liberdade política, agora o desafio é conquistar autonomia diante dos altos custos da eletricidade.
Sua expansão acelerada não só tem ajudado a reduzir a conta de luz dos brasileiros, mas também gerado empregos, atraído investimentos e colocado o país entre os líderes globais em capacidade instalada.
A fonte, que há pouco mais de uma década era considerada alternativa, hoje já ocupa lugar estratégico na matriz elétrica nacional. Mais do que uma solução econômica, também representa independência ambiental e tecnológica.
Em celebração ao feriado do dia 7 de setembro, o Canal Solar lista a seguir 7 fatos que mostram por que a energia solar já pode ser considerada um símbolo da independência do país.
1. Crescimento acelerado
Já são mais de 60 GW de capacidade instalada pela energia solar no Brasil – sendo quase 43 GW adicionados por meio da geração própria e outros 18 GW a partir das grandes usinas.
Somente neste ano, mais de 7 GW foram adicionados, mesmo com os prejuízos causados pelo curtailment (cortes na geração) e pela inversão de fluxo.
Atualmente, a fonte é a segunda mais relevante da matriz elétrica, com 23% de participação – perdendo apenas para a geração hídrica, que detêm mais de 43% do volume total.
2. Acesso cada vez maior para mais consumidores
Desde 2010, o custo médio da instalação das usinas solares no Brasil registrou queda de 71%, segundo levantamento divulgado pela IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável).
A queda dos preços dos módulos e inversores foi o principal fator, representando 60% da diminuição de custos de novos projetos no período.
Entre os quatro maiores mercados do mundo, o Brasil foi o que apresentou a maior redução. No mesmo intervalo, Índia, Estados Unidos e China tiveram reduções de 66%, 65% e 64%, respectivamente.
3. Geração de empregos verdes e investimentos bilionários
Desde 2012, mais de 1,7 milhão de empregos diretos e indiretos foram criados no Brasil pelo setor de energia solar, que já atraiu mais de R$ 266 bilhões em investimentos privados, segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
A fonte também arrecadou R$ 83,1 bilhões em impostos para os cofres públicos e evitou a emissão de 88,1 milhões de toneladas de CO₂, contribuindo para a transição energética e o cumprimento de metas ambientais.
4. Redução da dependência das hidrelétricas e dos combustíveis fósseis
O avanço da energia solar – em conjunto com o crescimento do armazenamento de energia – também reduz a dependência do país pelos recursos hídricos e, consequentemente, pelo uso de termelétricas, aliviando custos e emissões. Com isso, o sistema elétrico brasileiro se torna mais descentralizado, resiliente e menos sujeito a apagões.
5. Apoio da população
Pesquisas como as do Ibope Inteligência e da Descarbonize mostram que a maioria dos brasileiros deseja gerar sua própria energia renovável. Além da economia na conta de luz, a energia solar protege o consumidor contra a inflação energética, já que a tarifa média tem subido todos os anos acima da inflação oficial.
6. Crescimento de pesquisas e estudos acadêmicos
Conhecido mundialmente por ser um país referência em pesquisas, o Brasil tem se notabilizado pela realização de inúmeros testes laboratoriais em tecnologias fotovoltaicas. entre os principais, destacam-se os trabalhos realizados por universidades como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), USP (Universidade de São Paulo), PUC-RIO (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), além de institutos como o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares).
7. Liderança global em renováveis
O Brasil já figura entre os países que mais crescem em energia solar no mundo, ocupando posições de destaque em rankings internacionais de capacidade instalada. Essa liderança projeta a imagem do país como referência em sustentabilidade e inovação, reforçando sua independência também no cenário energético global.
Em 2024, o Brasil adicionou um recorde de 18,9 GW de potência fotovoltaica e se posicionou como o quarto maior mercado de energia solar no mundo, ficando apenas atrás da China, Estados Unidos e Índia. O recorde superou os 15,6 GW somados em 2023 e representou cerca de 3% de toda a expansão global da fonte no ano passado.
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