O volume de financiamento destinado à geração de energia renovável no Brasil atingiu R$ 32,5 bilhões no último ano — alta de 6,5% em relação aos R$ 30,5 bilhões contabilizados em 2023, segundo dados divulgados pela consultoria CELA (Clean Energy Latin America).
Do total financiado no ano, quase metade (43%) vieram do mercado de capitais, 32% de bancos de desenvolvimento e os demais 25% de bancos privados. Apesar do crescimento geral, o levantamento aponta trajetórias distintas entre as fontes de geração.
Enquanto os financiamentos para usinas eólicas de grande porte recuaram quase 30% — de R$ 12,2 bilhões em 2023 para R$ 8,7 bilhões em 2024 —, a energia solar registrou forte expansão. O setor fotovoltaico captou R$ 23,8 bilhões, avanço de 30% em relação aos R$ 13,3 bilhões do ano anterior.
Na geração distribuída, o crescimento também foi expressivo. Os sistemas solares em telhados e pequenos negócios somaram R$ 6,9 bilhões em financiamentos (alta de 47%), enquanto as usinas solares remotas para geração compartilhada e autoconsumo remoto receberam R$ 5,6 bilhões (alta de quase 8%).
Segundo Camila Ramos, CEO da CELA, o desempenho da energia solar foi impulsionado, sobretudo, pelo mercado de capitais, com destaque para emissões de debêntures e CRIs (certificados de recebíveis imobiliários).
“Apesar disso, o volume de financiamento para energia eólica caiu de forma significativa, com queda expressiva nos financiamentos via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do BNB (Banco do Nordeste)”, disse ela.
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