A Enel São Paulo registrou 3.499 ocorrências de furto de cabos entre janeiro e julho de 2025. Apesar do número ainda expressivo, representa uma queda de 42% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 6.080 casos.
A redução também impactou positivamente o número de clientes afetados por interrupções no fornecimento: 19.954 neste ano, contra 24.027 no ano passado. O furto de cabos é um problema recorrente no setor elétrico, impulsionado pelo valor de revenda do cobre presente na fiação.
No fim de julho, o governo federal sancionou uma lei que endurece as punições para esse tipo de crime, com pena de reclusão de 2 a 8 anos, além de multa. A capital paulista concentra a maior parte das ocorrências na área de concessão da distribuidora: foram 2.568 registros nos sete primeiros meses do ano.
Outros municípios com alto número de furtos foram Osasco (313), Santo André (187), São Bernardo do Campo (113), Diadema (63), Cotia (41), Mauá (41), Carapicuíba (38), São Caetano do Sul (36) e Itapevi (24). Juntas, essas cidades responderam por 98% dos casos registrados no período.
Na cidade de São Paulo, os bairros mais afetados foram Casa Verde (307 ocorrências / 1.175 clientes impactados), Cursino (271 / 1.505), Aeroporto (209 / 1.409), Itaquera (192 / 447), Campo Limpo (157 / 396) e Jaguará (57 / 100). Somados, esses seis bairros tiveram 1.193 ocorrências e mais de 5 mil consumidores afetados por quedas de energia.
Segundo a Enel, a redução nos furtos é resultado de ações coordenadas com as forças policiais e da adoção de medidas preventivas. Um dos destaques foi a substituição de tampas de ferro por tampas de concreto em galerias subterrâneas, especialmente na região central da capital.
O novo modelo, mais pesado, exige o uso de guindaste para remoção, dificultando a atuação de criminosos. Além disso, a concessionária tem ampliado o uso de tecnologias de monitoramento na rede elétrica, como sensores, alarmes e sistemas de vigilância remota, tanto em redes aéreas quanto subterrâneas.
Em áreas consideradas mais críticas, a empresa também reforçou a presença de equipes de segurança patrimonial. A distribuidora reforça ainda que, além de ilegal, a prática do furto de cabos expõe os criminosos a riscos graves de choques elétricos, que podem levar à morte.
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