GD Solar em residências atinge marca histórica de 3 GW em potência instalada

Dos 5.570 municípios brasileiros, mais de 93,4% possuem ao menos uma unidade consumidora fotovoltaica

A GD (geração distribuída) em casas e prédios residenciais ultrapassou a marca de 3 GW de potência solar instalada nesta quarta-feira (13). Os números apresentados consolidam o segmento como a maior classe de consumo do país, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o montante mais do que dobrou: saiu de 1,4 GW para os atuais 3 GW. “É número muito expressivo e que representa uma conquista muito grande para o mercado”, disse Leandro Martins, presidente da Ecori Energia Solar.

Os dados também mostram que as residências brasileiras contam com mais de 479 mil sistemas solares instalados no SCEE (Sistema de Compensação de Energia Elétrica). Atualmente, dos 5,57 mil municípios nacionais, mais de 93,4% (5,2 mil) possuem ao menos uma casa ou prédio residencial com energia solar.

“O nosso palpite é que a GD solar residencial vai atingir, no mínimo, 6 GW de potência instalada em 2022. Ou seja, somente no ano que vem, bateremos esses mesmos 3 GW que levaram cerca de oito anos para serem atingidos”, afirmou Aldo Pereira, fundador e presidente da Aldo Solar. 

Além da potência acumulada pelas moradias, o país também conta com outros 2,53 GW de energia fotovoltaica produzidas a partir de estabelecimentos comerciais;  974 MW das propriedades rurais e 562 MW do polo industrial. Já energia solar provida de sistemas instalados em prédios do poder público, de unidades de serviços públicos e de iluminação de ruas e avenidas municipais foram responsáveis pela geração conjunta de outros 95 MW. 

“A energia solar vem se popularizando muito entre os consumidores cativos residenciais que buscam principalmente economizar energia em meio a crise hídrica e energética que o pais vem atravessando. O Brasil precisa migrar rapidamente para o modelo de geração 3D (descentralizado, digitalizado e descarbonizado) e gerar a própria energia é a melhor forma de “economizar” tanto na conta de luz como na conta dos recursos ambientais”, comentou Alexandre Borin, gerente comercial da unidade de Solar Energy da Fronius

Financiamento imobiliário 

Senado aprovou, no final de setembro, o Projeto de Lei (PL 2015/2021) que incentiva a solar por meio do financiamento imobiliário. O texto, de autoria da senadora Kátia Abreu (PP-TO), prevê a inclusão do valor referente à aquisição e à instalação de sistema de energia fotovoltaica no financiamento do imóvel para moradia, no âmbito do SFH (Sistema Financeiro da Habitação).

O projeto foi encaminhado para análise na Câmara dos Deputados e, se aprovado, será encaminhado para sanção presidencial antes de entrar em vigor. Katia Abreu defende o projeto destacando as vantagens dos painéis fotovoltaicos como forma de proteger o meio ambiente e diminuir o uso de fontes poluentes, como as termelétricas. 

 

Imagem: Pedro Henrique Bonadiman Conceição

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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