O ministro do MME (Ministério de Minas e Energia), Alexandre Silveira, disse que a conta de luz dos consumidores brasileiros poderá sofrer uma redução de 2,5% a 10% em setembro, a depender de cada estado.
Segundo o ministro, esta queda se dá pelo fato do Governo Federal ter liberado um consórcio de bancos a antecipar parte dos recursos que seriam pagos pela Eletrobras ao longo de quase 30 anos para a conta de luz.
A homologação foi publicada pelo MME em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira (06). O contrato foi assinado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) com cinco instituições financeiras.
Ao todo, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, BTG e Santander vão aportar R$ 7,8 bilhões na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) – fundo com aporte de consumidores privados destinado à promoção do desenvolvimento energético do país.
O recurso será usado para quitar empréstimos atualmente pagos pelos consumidores de energia, reduzindo assim as tarifas de energia.
Esses empréstimos envolvem operações de crédito feitas pelas distribuidoras de eletricidade, durante o auge da pandemia e da crise hídrica.
Os empréstimos estão embutidos na conta de luz e, por isso, pesam nas tarifas das tarifas pagas pelo consumidor brasileiro.
Além do valor antecipado, também serão utilizados para abater a conta de luz dos consumidores cerca de R$ 4 bilhões de saldo que já estavam nas contas Covid e Escassez Hídrica, recolhidos dos consumidores nos últimos meses. Assim, o total liberado chegará a R$ 11,8 bilhões.
“Estamos quitando essas duas contas, a Covid e a de Escassez Hídrica, que foram como uma bomba de efeito retardado para o consumidor (…) Com a quitação, teremos até 10% de redução na conta de energia, além de termos economizado R$ 500 milhões em juros.”, disse Silveira durante a coletiva de imprensa.
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