Não há uma posição definitiva sobre a volta do horário de verão no ciclo 2025/2026. Em resposta a questionamento do Canal Solar, o MME (Ministério de Minas e Energia) informou que o tema “é permanentemente avaliado pela Pasta”.
A justificativa apresentada é a de que os reservatórios estão em situação favorável, evoluindo dentro da normalidade ao longo do período seco, o que coloca o SIN (Sistema Interligado Nacional) em melhores condições que no ano passado.
O horário de verão foi adotado pela última vez em território brasileiro no período compreendido entre 4 de novembro de 2018 e 17 de fevereiro de 2019.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) reforçou o cenário informado pelo MME em projeções apresentadas em 10 de setembro ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico).
Segundo o operador, o atendimento energético ao país está garantido até fevereiro de 2026, com níveis de armazenamento superiores aos de 2024. Em agosto, o SIN fechou com 62% de armazenamento, sendo 58% no Sudeste/Centro-Oeste, 90% no Sul, 60% no Nordeste e 88% no Norte.
Ainda assim, naquela oportunidade, o ONS alertou para incertezas no início do próximo período úmido, prevendo necessidade de medidas adicionais para enfrentar cenários desafiadores, como atrasos na estação chuvosa.
Entre as quais estão o uso de geração térmica complementar, a maximização da produção de Itaipu e do rio São Francisco e a preservação de estoques hídricos por meio da redução de vazões em usinas como Belo Monte, Jupiá e Porto Primavera.
ONS reforça necessidade da volta do horário de verão no Brasil
Afluências abaixo da média
As afluências esperadas entre setembro de 2025 e fevereiro de 2026 devem ficar abaixo da Média de Longo Termo (MLT), variando entre 66% e 98% da média histórica.
No cenário mais pessimista, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste terminariam fevereiro de 2026 com 21,6 pontos percentuais a menos que no mesmo mês de 2025. No cenário otimista, porém, ficariam 2,5 pontos percentuais acima.
À Imprensa, tanto o ONS como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), indicaram que a decisão sobre a adoção do horário de verão é assunto de competência do MME.
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