Cerca de 80 hospitais filantrópicos do Paraná passarão a utilizar energia solar e devem economizar mais de R$ 12 milhões por ano na conta de luz — o equivalente a 35% da demanda energética dessas instituições.
O valor economizado será revertido em melhorias no atendimento à população, como a contratação de profissionais de saúde, aquisição de medicamentos e insumos hospitalares.
A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (31), em Londrina (PR), como parte de uma parceria entre a Itaipu Binacional e a Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná). O investimento total será de R$ 82 milhões, com financiamento quase integral da Itaipu.
O projeto integra o programa Itaipu Mais que Energia, que desenvolve ações socioambientais em todo o Paraná e em 35 municípios do Mato Grosso do Sul, em alinhamento com diretrizes do Governo Federal.
“Esses hospitais passam a contar com sua própria energia, uma energia limpa e barata, e com isso, conseguem melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.
Carlos Carboni, diretor de Coordenação da empresa, informou que os indicadores de geração de energia serão monitorados nos três primeiros anos da iniciativa. “É um projeto sustentável não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico e social”, acrescentou.
Mais detalhes da parceria com a Itaipu
A Femipa reúne 92 hospitais filantrópicos, responsáveis por mais de 50% dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná e por mais de 70% dos procedimentos de alta complexidade, como traumas, oncologia, cardiologia e transplantes.
Pela parceria com a Itaipu, serão instalados 18 MW de potência solar fotovoltaica, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 60 mil habitantes. A prioridade será atender 80 instituições classificadas como de baixa e média tensão.
Desse total, 29 hospitais terão sistemas solares instalados em telhados ou coberturas de estacionamentos, com obras previstas para começar em abril. Os outros 51 serão atendidos por quatro usinas solares centralizadas, cuja construção está programada para iniciar em junho.
A Santa Casa de Londrina é um exemplo prático do impacto da iniciativa. Com uma conta mensal de luz em torno de R$ 350 mil, a instituição estima uma economia de R$ 120 mil com a instalação dos painéis solares.
“É um recurso que vai ser revertido na melhoria da assistência do SUS e na diminuição do déficit da Santa Casa”, afirmou a superintendente e coordenadora do Conselho de Administração da Santa Casa, Ana Paula Cantelmo Luz.
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