O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, não descartou totalmente a possibilidade do Brasil contar com baterias no próximo Leilão de Reserva de Capacidade.
No entanto, deixou claro que há muitos desafios tecnológicos e regulatórios a serem superados. Sem essas questões resolvidas, dificilmente os sistemas de armazenamento contarão com incentivo do Governo.
Em entrevista a jornalistas nesta semana, após participação no CNN Talks, em São Paulo, o ministro disse que é muito importante ouvir a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) antes de tomar essa decisão.
Em março, durante evento em Houston, nos Estados Unidos, Silveira manifestou publicamente seu desejo de incluir as baterias no próximo Leilão de Reserva de Capacidade, agendado para agosto.
“Essa é a minha vontade. Já é público o meu desejo de ter [o armazenamento] neste primeiro leilão, porém existem ainda pendências regulatórias e tecnológicas. Vencidas essas pendências, nós com certeza teremos condição de colocar já nos primeiros leilões”, declarou o ministro nesta semana.
Silveira pontuou que não há no mundo capacidade de armazenamento que torne as energias renováveis estáveis. “Será um grande avanço quando isso acontecer, porque nós teremos as energias consideradas intermitentes dando estabilidade para o sistema”, disse ele.
O chefe do MME também defende que haja incentivos para a nacionalização de parte da indústria de baterias. “Não podemos continuar como importadores de elementos fundamentais para a transição energética”, ressaltou.
Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: [email protected].