Leilão de energia para Sistemas Isolados garante R$ 355,5 milhões em investimentos

Contratos preveem o fornecimento de eletricidade a partir de 1º de abril de 2023, se estendendo até 180 meses, dependendo da localidade
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Cerca de 54,7 MW de energia anual média foram negociados no leilão de energia para suprimento dos Sistemas Isolados para atender regiões do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

O certame foi realizado na última sexta-feira (30) pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). 

Os contratos firmados, que somam R$ 355,5 milhões em investimentos, preveem fornecimento de eletricidade a partir de 1º de abril de 2023, se estendendo até 180 meses, a depender de cada localidade.

O leilão foi 100% virtual e seguiu as diretrizes da Portaria MME n°. 341, de 11 de setembro de 2020. A fonte mais contratada foi o óleo diesel nos lotes I e V, somando mais de 33 MW da potência requerida. 

Participaram do certame, que durou pouco menos de 1h30, soluções de suprimento a gás natural, óleo diesel e fontes renováveis. A potência total requerida para esse leilão era de 97,278 MW.

Quatro dos oito participantes foram vencedores do leilão por oferecerem o menor preço de venda da energia. O deságio médio foi de 19,4%. Os vencedores terão prazo de dois anos para entregar às 23 centrais geradoras das cinco soluções de suprimento que propuseram para o abastecimento das localidades, ofertando carga diretamente para as distribuidoras que atendem o consumidor final.

“Por meio de leilões como esse, a ANEEL melhora a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica, esse bem tão essencial à vida e à economia do país. Além disso, viabilizamos novos investimentos, que vão criar empregos e gerar renda para a população”, disse a diretora da ANEEL Elisa Bastos, relatora do processo do leilão.

Bernardo Marangon, especialista no setor de mercados de energia elétrica, explica que os leilões da região norte costumam apresentar um valor alto de energia, sobretudo porque o Diesel é a fonte predominante. “Vejo a região norte como uma boa oportunidade de aplicar a solução solar e armazenamento em conjunto com uma fonte térmica. Certamente, tornaria o projeto térmico mais competitivo”, avalia o especialista.

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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