Quatro das principais associações do setor de energias renováveis promoveram, na manhã desta quarta-feira (1º), um café da manhã com parlamentares no Senado Federal, em Brasília (DF), para reforçar a urgência de o Brasil avançar com a criação do Marco Legal do Armazenamento de Energia.
O encontro foi organizado pela ABSAE (Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia), ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
A iniciativa reuniu autoridades e representantes do setor energético com o objetivo de fortalecer o diálogo com os senadores e acelerar a aprovação das emendas sobre armazenamento apresentadas à MP 1304/2025, que trata da modernização do setor elétrico.
Além disso, foram apresentados por parte das associações três modelos de aplicação para o armazenamento: baterias acopladas à geração, ao sistema de transmissão e diretamente ao consumidor na GD (geração distribuída) — este último apontado como o caminho mais rápido de ser implementado no país.
De acordo com dados apresentados durante o evento, o país desperdiçou em 2024 mais de 12 TWh de energia renovável, o que pode gerar perdas de até R$ 5 bilhões em 2025.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já projeta déficit estrutural de potência a partir de 2026, com risco de insuficiência no atendimento à demanda a partir de 2028. Nesse sentido, as associações defenderam que a criação de um marco legal é fundamental para:
- Reduzir o desperdício de energia renovável;
- Aumentar a segurança energética;
- Diminuir custos — lembrando que o acionamento de térmicas pode custar até sete vezes mais que sistemas de baterias (BESS);
- Atrair investimentos — com expectativa de até R$ 77,2 bilhões no setor até 2034, alcançando 71,8 GWh de capacidade de armazenamento instalada no país.
Segundo os organizadores, somente uma lei poderá oferecer segurança jurídica e previsibilidade para destravar investimentos de longo prazo em armazenamento, garantindo maior competitividade e sustentabilidade ao sistema elétrico brasileiro.
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