A quantidade de consumidores pessoa física que aderiram ao mercado livre de energia cresceu 91% no primeiro semestre de 2025, segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O número de migrações por CPF passou de 117, no mesmo período do ano passado, para 223 neste ano.
De acordo com a CCEE, a maior parte dessas unidades consumidoras está vinculada a atividades rurais – como sítios, chácaras e pequenas propriedades – com destaque para os estados de Minas Gerais (42 migrações), Rio Grande do Sul (31), São Paulo (30), Mato Grosso (23) e Goiás (22).
Esse avanço tem sido impulsionado pelo aumento da conscientização sobre o funcionamento do mercado livre, além da possibilidade de obter preços mais competitivos e contratar energia sob medida para o perfil de consumo de cada cliente.
Até o fim de 2023, ainda era raro encontrar CPFs no ambiente de contratação livre. Esse cenário começou a mudar com a abertura total do mercado para os consumidores do Grupo A, em janeiro de 2024. Como reflexo, o total de migrações por CPF saltou de apenas 9, em 2023, para 342 ao longo de 2024.
“Estamos vivendo um momento importante de democratização do acesso ao mercado livre de energia”, afirmou Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE. “É uma transformação histórica, que coloca o consumidor no centro do negócio e fomenta a competitividade e a busca por mais eficiência no setor.”
Apesar de a migração por CPF já estar autorizada para consumidores do Grupo A – que possuem fornecimento em média ou alta tensão -, o mercado ainda não está aberto para residências. No entanto, tramita no Congresso Nacional a Medida Provisória 1.300/2025, que prevê a abertura gradual do mercado livre para todos os consumidores a partir de agosto de 2026.
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