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Minas Gerais e Pernambuco vão construir usinas flutuantes de energia solar

Minas Gerais promete ter o maior projeto do país, enquanto Pernambuco construirá planta em Fernando de Noronha

Autor: 20 de outubro de 2022Brasil
3 minutos de leitura

Minas Gerais e de Pernambuco já se preparam para receber a implantação de uma nova usina flutuante de energia solar em cada um de seus respectivos estados. 

Em Minas Gerais, as empresas gaúchas Creral, cooperativa de energia com sede em Erechim, e a Mil Engenharia, com sede em Tapejara, já iniciaram a construção do que promete ser a maior usina solar flutuante do país no município de Grão Mogol.

Em Pernambuco, por sua vez, a Ilha de Fernando de Noronha ganhará a sua primeira usina solar flutuante, com investimento estimado de R$ 10 milhões, provenientes do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia Pernambuco, regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

Grão Mogol

Para construção da usina, as empresas responsáveis pelo projeto criaram um consórcio para executar as obras da UFV Veredas Sol e Lares, que terá potência instalada de 1,2 MWp.

A montagem está sendo feita sobre a lâmina d’água do lago da PCH Santa Marta, de propriedade da Cemig, integrando o programa de pesquisa e desenvolvimento da estatal. 

Ao todo, a usina conta com 14 inversores, 60 mil metros de cabos, além de 3.050 painéis fotovoltaicos monocristalinos (dual glass e filme fino) apoiados em 7.600 flutuadores numa área de 11 mil m².

Toda a energia gerada no modelo de GD (geração distribuída) autoconsumo remoto prevê atender 1.250 famílias do semiárido, em 21 municípios mineiros nas regiões dos Vales do Jequitinhonha e Rio Pardo. A previsão é que a usina entre em operação ainda no primeiro semestre de 2023.

Fernando de Noronha

A planta será usada para melhorar o abastecimento de água na Ilha e a previsão é que até o final deste ano as obras sejam iniciadas, com expectativa de serem concluídas até julho do próximo ano.

O sistema de geração de energia renovável será instalado no espelho d’água do Açude do Xaréu, uma área de aproximadamente 4.400 m². Com 949 painéis solares a serem instaladas, o sistema terá uma potência de cerca de 630 kWp e uma geração estimada de 1.238 MWh/ano.

Na semana passada, a Neoenergia Pernambuco e a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) firmaram o acordo para a construção da usina flutuante. A planta será responsável por suprir mais da metade do consumo de energia da Compesa em Fernando de Noronha. 

A geração por meio de fonte renovável promoverá uma redução de 1.663 toneladas de CO2 emitidos anualmente no arquipélago, reconhecido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Patrimônio Natural da Humanidade.

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.