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Ministro avalia usar saldo da Conta Bandeiras para aliviar conta de luz

De acordo com a apuração do Canal Solar, a conta bandeiras apresenta um saldo positivo de R$ 7,64 bilhões, atualizado em 1º de junho de 2024
Ministro considera usar saldo da conta bandeiras para reduzir impacto na conta de luz
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Foto: Tauan Alencar/MME

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou nesta quarta-feira (04) da formatura de duas turmas da Escola de Eletricistas da Neoenergia Brasília. Durante o evento, ele mencionou a possibilidade de utilizar o saldo da Conta Bandeiras para mitigar o impacto da escassez hídrica na conta de luz dos brasileiros.

“Isso é viável, são questões técnicas e objetivas. Como mencionei, se decidirmos usar o recurso da Conta Bandeiras, poderemos até antecipar e manter a bandeira verde ou amarela por algum tempo. No entanto, esse equilíbrio é essencial, pois não sabemos por quanto tempo será necessário acionar as usinas térmicas. Portanto, é importante mantermos o equilíbrio entre o saldo da Conta Bandeiras e o despacho das térmicas, para evitar o despacho fora de mérito, que tem um custo significativamente maior”, afirmou o ministro.

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) ativou, após mais de três anos, a bandeira vermelha patamar 2, em vigor desde 1º de setembro. Isso representa um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Caso a bandeira tarifária volte para a cor amarela, o aumento será de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

“A bandeira vermelha patamar 2 foi acionada devido à previsão de chuvas abaixo da média em setembro, resultando em uma expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país cerca de 50% abaixo da média. Esse cenário de escassez de chuvas, aliado às temperaturas superiores à média histórica em todo o país, exige maior operação das termelétricas, que geram energia a um custo mais elevado do que as hidrelétricas. Portanto, os fatores que justificaram a ativação da bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, explicou a ANEEL em nota à imprensa.

De acordo com a apuração do Canal Solar, com informações obtidas diretamente no site da ANEEL, a Conta Bandeiras apresenta um saldo positivo de R$ 7,64 bilhões, atualizado em 1º de junho de 2024. Em 2021, ano da última crise hídrica, o custo total da Conta Bandeiras foi de R$ 31,3 bilhões.

“Atualmente, não há necessidade de um despacho que aumente a conta de energia no Brasil. Como mencionei, temos uma Conta Bandeiras com recursos suficientes para atender às necessidades do setor, e nossos reservatórios estão em uma condição muito melhor do que em 2021”, destacou o ministro.

“Estamos com a bandeira vermelha patamar 2 devido à estiagem. É importante ressaltar que, graças ao planejamento que realizamos nos últimos dois anos, nossa situação é extremamente mais confortável do que em 2021. Naquela época, as distribuidoras estavam no vermelho na Conta Bandeiras. Hoje, temos um saldo superavitário na Conta Bandeiras. Portanto, temos recursos abundantes para enfrentar uma eventual piora na escassez hídrica”, concluiu Silveira.

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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