A demanda de carga no SIN (Sistema Interligado Nacional) deve manter trajetória de elevação até o final de janeiro de 2026, segundo o boletim do PMO (Programa Mensal de Operação) referente à semana operativa de 3 a 9 de janeiro, divulgado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Na comparação com o mesmo período de 2025, a projeção indica crescimento de 1,4% no SIN, o equivalente a 84.462 MWmed. Entre os subsistemas, o maior avanço é esperado na região Norte, com alta estimada de 10% (8.422 MWmed), seguida pelo Nordeste, que deve registrar crescimento de 6,2% (14.230 MWmed).
Já para o Sudeste/Centro-Oeste e o Sul, o ONS projeta desaceleração da carga, com retrações de 0,9% (46.709 MWmed) e 0,1% (15.102 MWmed), respectivamente. O aumento da demanda está diretamente associado às temperaturas elevadas registradas nos últimos dias.
“O crescimento da carga é um reflexo direto do aumento das temperaturas e o calor mais intenso já observado nos últimos dias. Porém, no que diz respeito à operação do SIN, as últimas estimativas realizadas garantem o pleno atendimento às demandas da sociedade, sem riscos para o abastecimento energético no país”, ressalta o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
Condições hidrológicas e níveis de armazenamento
Em relação à ENA (Energia Natural Afluente), indicador que mede a quantidade de água que chega aos reservatórios, o subsistema Sul apresenta a melhor perspectiva para o fim de janeiro, com previsão de 104% da MLT (Média de Longo Termo). No Norte, a estimativa é de 90% da MLT; no Sudeste/Centro-Oeste, 82% da MLT; e no Nordeste, 48% da MLT.
Já os níveis de EAR (Energia Armazenada), energia contida no volume de água dos reservatórios das hidrelétricas, também apontam o Sul como a região com maior volume projetado, com 75,3% da capacidade, seguido pelo Norte (60,1%), Nordeste (53,2%) e Sudeste/Centro-Oeste (52%).
Custos de operação
Por mim, o CMO (Custo Marginal de Operação) permanece unificado em R$ 119,10/MWh nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste. Para o Norte, a estimativa é mais elevada, em R$ 289,25/MWh, refletindo as particularidades operativas da região.
O relatório completo do PMO pode ser consultado no site do ONS. Clique aqui para conferir.
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