O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresentou ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) um conjunto de recomendações para garantir o atendimento de potência no segundo semestre de 2025 e contribuir para a recuperação dos reservatórios da região Sul.
Para ampliar a oferta de potência, o operador pretende utilizar a capacidade de modulação das hidrelétricas do rio São Francisco e da UHE Itaipu, além de maximizar a disponibilidade da geração termelétrica.
Isso inclui tanto usinas Merchant (sem contrato vigente) quanto termelétricas a GNL (gás natural liquefeito), que poderão ser despachadas sem a exigência atual de antecedência de 60 dias.
Outra medida já aprovada pelo CMSE é a antecipação, para agosto de 2025, do início do suprimento de energia por parte das termelétricas contratadas no leilão de reserva de capacidade realizado em 2021.
Situação da região Sul
O ONS informou que segue monitorando os reservatórios da região Sul, que vêm sendo impactados pela escassez de chuvas nos últimos meses.
Com isso, continuam em vigor as iniciativas para, em articulação com os agentes, reduzir as defluências mínimas nas hidrelétricas locais. Já foram implementadas flexibilizações nas usinas de Barra Grande, Dona Francisca e Salto Osório.
Também está prevista a intensificação do intercâmbio de energia elétrica para o subsistema Sul, com a possibilidade de despacho de termelétricas próximas aos centros de carga, a fim de reforçar o atendimento à demanda local.
“Há uma perspectiva de elevação dos níveis dos reservatórios do Sul a partir de agosto, mas seguimos atentos à região. O atendimento de potência no segundo semestre continua sendo uma prioridade, e propusemos diferentes ações que asseguram a confiabilidade do suprimento”, afirmou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
Avanços nos Sistemas Especiais de Proteção
O ONS também concluiu a implementação dos aprimoramentos nos SEPs (Sistemas Especiais de Proteção). A atualização permitirá o aumento dos limites de transmissão, com destaque para o escoamento de energia da região Nordeste para o Sudeste.
Os próximos passos incluem o cálculo dos novos limites operativos, sua normatização e disponibilização para a operação em tempo real.
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