O Paraná atingiu a marca simbólica de 1 GW de potência instalada em projetos de GD (geração distribuída) no meio rural – volume de energia suficiente para abastecer uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes.
Os números também reforçam a importância e o papel estratégico das políticas públicas no avanço das fontes renováveis no país, uma vez que 86,25% dessa capacidade é proveniente do RenovaPR – programa criado em 2021 pelo Governo do Estado que oferece, via Banco do Agricultor Paranaense, condições de financiamento para sistemas de energia solar e de biodigestão.
Atualmente, já são mais de 38,8 mil ligações realizadas, em sua maioria voltadas para painéis fotovoltaicos, mas também com espaço crescente para biogás e biometano. Pelo programa, os agricultores utilizam a economia gerada na conta de luz para pagar as parcelas do financiamento.
Para pequenos produtores, os juros podem ser zerados; para médios e grandes, os abatimentos são proporcionais. Desde a criação, já foram movimentados R$ 5,8 bilhões em financiamentos, com R$ 260 milhões em recursos estaduais destinados à equalização dos juros.
Atualmente, o RenovaPR conta com mais de 700 empresas cadastradas para atuar com energia solar e outras 25 especializadas em biogás/biometano, ampliando a rede de fornecedores e integradores aptos a atender a demanda crescente.
Herlon Goelzer de Almeida, coordenador do RenovaPR, destaca que iniciativas como essa são fundamentais para dar escala à transição energética no país. “É mais uma afirmação de que o Renova Paraná conseguiu, com os apoios do Governo do Paraná, do setor financeiro e das entidades da agropecuária, difundir o programa e alcançar o objetivo que é dotar o Paraná de um sistema forte de geração própria e potência firme para sustentar a produção de proteína animal paranaense”, afirmou.
O caso paranaense mostra como a atuação dos governos pode acelerar a independência energética do campo, reduzir custos para produtores e estimular a sustentabilidade em setores estratégicos, como o agronegócio.
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