Programa busca aumentar eficiência energética da indústria

Objetivo é diminuir custos operacionais em R$ 90 milhões e reduzir a emissão de 40 milhões de toneladas de GEE
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Nova fase contará com a participação do SENAI Cimatec. Foto: Divulgação/CCNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica e de Consumidores Livres (Abrace) anunciaram a segunda fase do Programa Aliança, que busca aumentar a eficiência energética da indústria brasileira.

A segunda versão da iniciativa tem como meta atender 24 plantas industriais que fazem uso intensivo de energia em seus processos de produção. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 40 mil toneladas e diminuir os custos operacionais em R$ 90 milhões ao ano.

Nesta nova fase, três empresas já formalizaram adesão ao programa, são elas: a siderúrgica produtora de aço ArcelorMittal; a Schulz, especializada em maquinário; e a empresa de celulose Eldorado Brasil.

Para execução do programa, serão destinados a essas indústrias R$ 20 milhões. Cada empresa selecionada recebe um aporte de R$ 400 mil e precisa oferecer uma contrapartida no mesmo valor. Assume também o compromisso de implementar um plano de ação elaborado com a equipe técnica do projeto.

Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, o programa, além de reduzir as emissões, acelera a competitividade e a produtividade da indústria, pois prevê a redução no consumo de energia e nos custos operacionais.

“O novo ciclo é uma versão aprimorada e mais abrangente do programa. Pela primeira vez uma chamada pública atende a todas as regiões do Brasil. É uma oportunidade para as indústrias brasileiras desenvolverem projetos de eficiência energética e se tornarem mais sustentáveis e competitivas”, diz Bomtempo.

Uma novidade nessa nova fase é a participação do SENAI Cimatec, que passa a integrar o time de execução técnica do programa para realizar atendimento às empresas. “Vamos identificar gargalos e propor ações de redução energética. O atendimento da primeira empresa através do Aliança 2.0 já começou e o prazo para conclusão desta fase é de dois anos”, explica Otanea Brito de Oliveira, gerente de negócios do SENAI Cimatec.

A participação da instituição também busca internalizar a metodologia do Aliança para aplicações futuras. A ideia é a multiplicar o conhecimento adquirido com as fases piloto, 1 e 2.

Empresas interessadas nesta nova fase podem participar clicando aqui. As que participaram da primeira fase podem se inscrever, mas com plantas industriais que não foram atendidas na edição anterior.

Economia de R$ 122 milhões

A primeira fase do Programa Aliança atendeu 12 plantas industriais de setores como siderúrgico, químico, cimento e automobilístico. Em termos energéticos, 176 GWh deixaram de ser consumidos, o que seria suficiente para abastecer por um ano uma cidade de 60 mil habitantes.

Ao todo, foram identificadas R$ 198 milhões em oportunidades de redução de consumo, sendo 61% aprovadas e implementadas, gerando uma economia anual de R$ 122 milhões. A maioria dos projetos envolveu a otimização de processos, sem a necessidade de troca de equipamentos.

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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