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Animais, pipas e tempestades: quedas de energia e a importância dos sistemas híbridos

Solução assegura fornecimento contínuo de energia nos casos de falhas em subestações e linhas de transmissão
Animais, pipas e tempestades quedas de energia e a importância dos sistemas híbridos
Subestação de energia elétrica em operação. Foto: Freepik

A aparição de um gambá em uma subestação da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) deixou bairros do município de Jaraguá do Sul (SC) sem acesso à energia elétrica na noite desta segunda-feira (7). 

O animal silvestre causou um curto-circuito ao se aproximar de um dos transformadores da unidade, deixando mais de 3,5 mil moradores desabastecidos.

A equipe de manutenção da concessionária trabalhou durante a madrugada para consertar o estrago provocado pelo animal, que morreu com a descarga elétrica.

No começo do mês passado, mais de 1 milhão de consumidores ficaram sem luz nas cidades de São Paulo (SP) e Guarulhos (SP) por causa de um apagão provocado pela queda de uma pipa numa subestação da Eletrobras.  

O objeto também causou um curto-circuito no local e gerou o acionamento dos sistemas de proteção para evitar danos maiores aos equipamentos, levando ao desligamento total da subestação, composta por dois barramentos.

Infelizmente, casos como esses costumam ser mais comuns do que muita gente imagina, podendo causar inúmeros transtornos à população, conforme explica Geraldo Silveira, gerente de engenharia da CS Consultoria

“Os registros de desligamento em subestações e linhas de transmissão (LTs) são bastante comuns nas distribuidoras e transmissoras do país. É comum, por exemplo, pássaros fazerem ninhos próximos dos isoladores das linhas de transmissão e acabarem causando desligamentos na rede. Outro exemplo, neste mesmo equipamento, são pássaros que depositam seus dejetos em isoladores das LTs e acabam comprometendo sua isolação e causando curtos-circuitos nas linhas”, conta ele. 

O profissional destaca que interferências relacionadas ao clima também trazem problemas para as linhas de transmissão. “Em épocas de chuva é muito comum haver desligamentos. Quando provenientes de descargas atmosféricas, normalmente o sistema é desligado, mas retoma seu serviço visto que é um transitório que não é permanente”.

“Mas, dependendo de alguns temporais e acidentes nos equipamentos elétricos que compõem o sistema elétrico de potência, esse dano pode ser permanente e necessita de intervenção da equipe de manutenção para restabelecer o fornecimento de energia. Nesse meio tempo, os consumidores ficam desabastecidos de energia naquela região”, disse Silveira.  

Em razão disso, o engenheiro frisa que o uso de sistemas de energia solar com baterias acaba sendo uma opção para que os consumidores que não querem ficar reféns de acidentes na rede elétrica e assim possuam um plano B para não ficarem desabastecidos. 

“Se esse consumidor tiver algum equipamento dentro de casa ou em seu comércio que precise de energia para funcionar, como sistema de iluminação, equipamentos eletrônicos essenciais e demais cargas críticas, os sistemas híbridos com baterias são fundamentais, pois ajudam esse consumidor a ter autonomia quando houver o desligamento da rede”, explica o gerente.  

Solução híbrida da Growatt instalado em imóvel. Foto: Growatt/Divulgação 

Sistemas híbridos 

Nos últimos dois anos, o mercado de energia solar tem enfrentado uma série de desafios para a expansão da GD (geração distribuída) por causa das suspensões, cancelamentos de projetos fotovoltaicos e disponibilidade técnica da rede em algumas áreas de concessão do país. 

Diante desse cenário, os sistemas fotovoltaicos híbridos com baterias estão ganhando espaço devido a facilidade de homologação, já que (de acordo com a Resolução Normativa nº 1098/2024), caso não haja exportação de energia, está dispensado o estudo de inversão de fluxo por parte da distribuidora, já que não há a utilização da rede de distribuição. 

Silvio Robusti, gerente de marketing de produtos da Growatt Brasil, explica que a demanda por soluções híbridas não só vem crescendo no país como também está sendo cada vez mais utilizada em residências, comércios e indústrias. 

O executivo destaca que um dos produtos da empresa com grande procura têm sido as baterias de Lítio-Ferro-Fosfato, que destacam-se pela segurança e por serem modulares, adaptando-se às necessidades de backup de energia. 

“Conectadas ao sistema fotovoltaico, podem ser carregadas pela energia solar. Além disso, a Growatt oferece uma solução sem conexão ao sistema solar, ideal para locais como apartamentos. Com a solução híbrida Off Grid, é possível assegurar o fornecimento contínuo de energia no apartamento, mesmo em caso de falhas na rede elétrica”, explica Robusti. 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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