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Solar e eólica abastecerão unidades da Universidade Estadual de Campinas

Caso a energia contratada fosse convencional, Unicamp pagaria R$ 900 mil a mais por ano com gastos orçamentários
06-01-23-canal-solar-Solar e eólica abastecerão unidades da Unicamp
Unicamp contrata energia 100% sustentável. Foto: Antoninho Perri/Unicamp

“A energia incentivada (produzida de fontes renováveis, como solar e eólica, por exemplo) sempre teve um preço maior do que a convencional, na ordem de 20% a 30% mais cara. Hoje, o cenário difere, nós fechamos um preço menor do que pagamos pela convencional no último contrato”, celebrou Vicente Costa, coordenador da Divisão de Energia e Água da Unicamp.

Esta é a origem da eletricidade que vai abastecer as unidades da Unicamp na Cidade Universitária Zeferino Vaz, em Campinas (SP), de 2024 a 2026. A sua contratação ocorreu em dezembro de 2022, como resultado do planejamento do SGE (Sistema de Gestão de Energia) e da articulação intersetorial.

Essas estratégias constituem expressivos avanços desde 2002, quando a universidade passou a fazer parte do ACL (Ambiente de Contratação Livre). Segundo Leandro Cesini, doutorando da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC/Unicamp), tal contrato fortalece o compromisso socioambiental da Unicamp e reduz gastos orçamentários.

“Caso a energia contratada fosse convencional, ou seja, gerada de fontes consideradas não renováveis, ao preço atual, pagaríamos em torno de R$ 900 mil a mais por ano”, destacou o pesquisador, que também integra o grupo de trabalho que estuda e define procedimentos de acompanhamento permanente dos contratos de compra e gestão de energia elétrica (GTAC-ENER).

Luciana Pizatto, coordenadora administrativa do GTAC-ENER, realiza um comparativo dos preços e das vantagens entre os tipos de geração incentivada e convencional. Negociado com a empresa Tradener, o investimento ficou em pouco mais de R$ 38 milhões e, por se tratar de energia incentivada, recebeu 50% de desconto na TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição).

Esse abatimento está incluso no cálculo mencionado por Cesini e afeta diretamente o contrato de transporte dessa energia, praticado entre a Unicamp e a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz).

“Os últimos três contratos demonstram uma moderação na compra para os anos de 2022 e 2023. Se comparada a quantidade contratada neste biênio com o volume da contratação do triênio de 2019 a 2021, a redução média chega a quase 5%. O percentual ainda melhora para pouco mais de 6%, comparando os valores de 2022 e 2023 com os de 2024 a 2026”, relatou a Unicamp.

“Por outro lado, se o paralelo for entre os triênios, a queda ultrapassa pouco mais de 10%. Além disso, há uma distribuição de energia proporcional entre os anos dos dois últimos contratos, o que não ocorreu no primeiro, devido a uma perspectiva interna”, explicaram.

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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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