A Trinergy concluiu a venda de um conjunto de 15 MW em usinas solares de GD (geração distribuída), localizadas em cinco municípios dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A operação, estruturada como transferência integral das participações acionárias dos proprietários, foi assessorada pela consultoria CELA (Clean Energy Latin America).
Os empreendimentos pertencem ao modelo GD1 e foram conectados ao sistema sob as regras de transição estabelecidas pela Lei da Geração Distribuída.
Por terem protocolado pedidos antes de janeiro de 2023, as usinas mantêm até 2045 os benefícios de compensação integral da TE (Tarifa de Energia) e das componentes tarifárias da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição).
Esse enquadramento, informa a CELA, confere previsibilidade às receitas e se tornou um dos principais fatores de interesse de investidores que buscam ativos com garantia regulatória de longo prazo.
Sintonia
A Trinergy atua na América Latina no desenvolvimento de projetos solares e eólicos e iniciou sua presença no Brasil em 2021. Desde então, estruturou um portfólio nacional com foco em geração distribuída, alinhado à estratégia do grupo suíço-alemão-chileno do qual faz parte.
A empresa tem buscado ajustar sua atuação ao novo ritmo do mercado brasileiro, marcado por mudanças regulatórias e por maior competição entre desenvolvedores .
Segundo a CELA, as operações de fusões e aquisições envolvendo energias renováveis já somam mais de R$ 50 bilhões na última década, considerando projetos e empresas que ultrapassam 50 GW em capacidade instalada.
A consultoria informa ter assessorado aproximadamente 3,5 GW em operações de M&A (Mergers and Acquisitions, ou Fusões e Aquisições) no segmento solar e eólico, incluindo ativos centralizados e de geração distribuída.
Reorganização
A venda do portfólio da Trinergy ocorre em um momento de reorganização da geração distribuída no Brasil. Com a redução progressiva dos incentivos para projetos protocolados após 2023, empreendimentos enquadrados na transição regulatória tendem a atrair maior interesse, o que tem estimulado negociações entre empresas e investidores.
Movimentos como o da Trinergy, aponta a consultoria, refletem o ajuste estratégico dos agentes às novas condições do setor, que passam a considerar mais atentamente fatores como escala, maturidade regulatória e estabilidade de retorno.
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