Uganda autorizou a construção de uma usina solar fotovoltaica de 100 MWp com 250 MWh de armazenamento em baterias no distrito de Nakaseke. A iniciativa marca o início da Fase I de um programa nacional para implementar mais de 1 GW de capacidade solar com baterias em todo o país.
O projeto será executado pela americana Energy America, por meio de sua subsidiária africana EA Astro Volt. A ação está alinhada à Política Nacional de Energia 2023 e à Visão 2040 de Uganda, que visam eletrificação universal e transição para fontes limpas.
“Esta Diretriz representa um passo ousado em direção à concretização da nossa Visão 2040”, afirmou Ruth Nankabirwa Ssentamu, ministra de Energia e Desenvolvimento Mineral.
A usina utilizará módulos solares de alta eficiência e baterias de grande porte, projetadas para estabilização da rede e funcionamento em condições climáticas extremas.
Desafios de acesso à eletricidade persistem
Apesar do avanço na capacidade instalada, de 609 MW em 2012 para mais de 2 GW em 2024, apenas 25,3% da população ugandense tem acesso à rede elétrica, sendo apenas 9,1% em áreas rurais, segundo estudo publicado no ScienceDirect.
O levantamento aponta que os altos custos de conexão, taxas de inspeção e tarifas elevadas continuam sendo barreiras. A maioria das famílias ainda depende de fontes como querosene e biomassa, o que impacta a saúde, o meio ambiente e a economia local.
A Fase I do projeto solar em Nakaseke é vista como estratégica para garantir o abastecimento energético da população e ampliar a geração limpa, promovendo empregos locais e reforçando a cooperação entre Uganda e os Estados Unidos por meio de iniciativas como o Power Africa.
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