ONS: carga de energia deve crescer 2,9% em julho

Setor elétrico apresenta condições favoráveis de operação, sobretudo por conta da grande oferta de hidroeletricidade
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Centro de operações do ONS. Foto: Divulgação

A carga de energia elétrica do SIN (Sistema Interligado Nacional) aponta para um crescimento de 2,9% em junho, chegando a 71.232 megawatts-médios (MWmed), informou o ONS (Operador Nacional do Sistema) em boletim divulgado na última sexta-feira, 30.

Confira a previsão de crescimento da carga para cada submercado:

  • Norte, 12,8% (7.280 MWmed);
  • Nordeste, 4,9% (11.712 MWmed);
  • Sul, 1,3% (12.223 MWmed);
  • Sudeste/Centro-Oeste, 1,2% (40.017 MWmed).

Segundo o ONS, os percentuais e números apresentados comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

Armazenamento de energia

As perspectivas para o armazenamento de energia nas hidrelétricas apontam para níveis acima de 80% em todos os submercados: Norte (96%), Sudeste/Centro-Oeste (83,5%) e Sul (82,8%). Para o Nordeste, a indicação é de 79%.

“As projeções para o Norte e o Sudeste/Centro-Oeste, se confirmadas, representarão recorde de energia armazenada de ambos para o mês analisado em toda a série histórica iniciada em 1999”, diz a nota.

Perspectivas de chuvas

O ONS disse que as previsões para a ENA (Energia Natural Afluente) estão compatíveis com o período tipicamente seco em que estamos vivendo. A ENA representa o volume de água que chega aos reservatórios capaz de se converter em energia hidrelétrica.

O Sudeste/Centro-Oeste, região que concentra 70% dos reservatórios do SIN, tem perspectiva de registrar ENA de 86% da Média de Longo Termo (MLT) no último dia de julho, indicador mais elevado entre todas as regiões. Na sequência, estão o Norte, com 80% da MLT; Sul, com 64% da MLT, e o Nordeste, com 55% da MLT. A MLT representa o histórico de afluências.

“O Operador segue monitorando os eventuais efeitos do fenômeno do El Niño, como a possibilidade, nos próximos meses, de chuvas em volume mais elevado na região Sul, temperaturas acima da média no Centro-Sul e redução da precipitação no Norte e Nordeste.”

O CMO (Custo Marginal de Operação) se mantém zerado em todos o Brasil pela vigésima oitava semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. Dessa forma, o CMO esteve com valor zero durante todo o primeiro semestre de 2023. O CMO representa o custo para se produzir o próximo MWh para atender a demanda de energia elétrica do país.

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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