Hidrelétricas: geração cai 7,8% na primeira quinzena de fevereiro

Por outro lado, a produção das termelétricas aumentou 29,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior
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Imagem: Vertedouro de Itaipu/Reprodução

A escassez de chuvas durante este período úmido está impactando a produção de energia no Brasil. Na primeira quinzena de fevereiro, a geração nacional de eletricidade caiu quase 1% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando 76.110 MWmed.

De acordo com dados preliminares da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), as hidrelétricas produziram 54.183 MWmed, representando uma redução de 7,8% em comparação com o ano anterior.

Em contrapartida, a geração termelétrica tem crescido. De 1º a 15 de fevereiro, foram gerados 6.868 MWmed, um aumento de 29,4% em relação a 2023.

Além das termelétricas, as fontes eólicas e solares centralizadas têm contribuído para garantir o fornecimento de energia elétrica. As fontes eólicas produziram 12.046 MWmed (+15,3%), enquanto as solares produziram 3.012 MWmed (+33,8%).

Em janeiro, a geração termelétrica alcançou 7.307 MWmed, um aumento de 20,7% em comparação com janeiro de 2023. Desde novembro, a produção termelétrica vem crescendo a taxas acima de dois dígitos.

Consumo de eletricidade

Na primeira quinzena de fevereiro, o consumo nacional de energia elétrica aumentou 0,5% (71.386 MWmed). O resultado foi influenciado pelo desempenho do Ambiente de Contratação Livre (ACL), que registrou uma redução de 1,1% (26.116 MWmed). A demanda no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) cresceu 1,6% (45.570 MWmed).

As temperaturas mais elevadas e a menor quantidade de chuvas foram determinantes nas regiões Norte e em partes do Sudeste e Sul, com destaque para os crescimentos registrados no Amazonas (23,1%), Acre (16,9%), Maranhão (14,1%) e Amapá (13,6%).

Por outro lado, as maiores quantidades de chuvas e temperaturas mais amenas afetaram o consumo nos estados do Rio de Janeiro (-13,4%), Espírito Santo (-2,9%), Minas Gerais (-2,2%) e Distrito Federal (-6,1%).

Dentre os 15 ramos de atividade econômica analisados pela CCEE, os maiores crescimentos foram observados nos setores de Bebidas (5,3%), Extração de Minerais Metálicos (4,6%), Madeira, Papel e Celulose (4,3%) e Comércio (2,4%).


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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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