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ANEEL anuncia bandeira vermelha patamar 2 em outubro

Medida anunciada na sexta-feira (27) entra em vigor na terça (1º)
ANEEL anuncia bandeira vermelha patamar 2 em outubro
Na bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos. Foto: Freepik/Reprodução

A bandeira tarifária para outubro será vermelha patamar 2. Isso quer dizer que haverá cobrança complementar na conta de luz para os consumidores de energia elétrica conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional). A medida foi divulgada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) no começo da noite da última sexta-feira (27).

Na bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 kWh consumidos

Segundo a Agência, dois fatores foram responsáveis pela medida: risco hidrológico e aumento do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças). Ainda de acordo com a ANEEL, ambos foram influenciados pela queda nos níveis de reservatórios das hidrelétricas e elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro.

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 e indica, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. 

Antes disso, os reajustes eram anuais e, por isso, o consumidor não sabia se a energia estava mais barata ou mais cara naquele momento e não poderia tomar medidas para reduzir o consumo e o valor da conta.

As bandeiras tarifárias são compostas pelas cores verde, amarela e vermelha e são classificadas nos patamares 1 e 2. Essa sequência indica o custo da energia, verde quer dizer que não há custo adicional, a amarela indica um leve aumento na conta de energia e a vermelha traz um custo maior aos consumidores brasileiros.

A sequência reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

A bandeira que está sendo utilizada no momento é indicada na conta de luz. De acordo com a ANEEL, essa sinalização torna o consumidor ativo para saber se precisa ou não utilizar a energia de forma mais consciente, devido ao custo.

ONS prevê afluência abaixo da média em outubro

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) em seu boletim PMO (Programa Mensal de Operação), para os dias 28 de setembro a 04 de outubro, a previsão para os reservatórios das hidrelétricas está abaixo da média. 

O PMO afirma que o nível dos reservatórios deve ficar abaixo da média em todos os subsistemas até o fim de outubro.

A região Sul tem a perspectiva mais elevada: 86% da MLT (Média de Longo Termo). Para as demais, as previsões são inferiores a 50%: Sudeste/Centro-Oeste, 43% da MLT; Norte, 38% da MLT; e o Nordeste, 33% da MLT.

“As projeções para o próximo mês permanecem com afluências abaixo da média nas principais bacias. Esse fator combinado com a expectativa de temperaturas mais elevadas do que o histórico para o mês de outubro deixa o SIN mais pressionado, principalmente nos horários da ponta de carga”,  afirma Christiano Vieira, diretor de Operação do ONS.

“No entanto, as condições dos reservatórios são compatíveis com o período e o sistema dispõe dos recursos necessários para o atendimento da demanda”, finaliza.

Já as estimativas para os níveis de EAR (Energia Armazenada) ao final do mês de outubro indicam que dois submercados devem superar 50%: Norte (61,8%) e Sul (53,7%). No entanto, os níveis projetados para o Nordeste é de 44,2% e no Sudeste/Centro-Oeste está em 39,9%.

Os cenários prospectivos para a demanda de carga são de aceleração, tanto no SIN (Sistema Interligado Nacional), como em todas as regiões. O crescimento no SIN deve ser de 4,7% (82.095 MWmed). 

Comparando as estimativas entre outubro deste ano e o mesmo período de 2023, o cenário é o seguinte: entre os submercados, a expansão mais expressiva deve ser registrada no Norte, 10,4% (8.488 MWmed); seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste, 4,8% (46.809 MWmed). 

Os avanços no Sul e no Nordeste podem chegar a 2,9% (13.122 MWmed) e 2,8% (13.676 MWmed), respectivamente. 

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Viviane Lucio
Jornalista graduada pela UNIP (Universidade Paulista) e especialista em jornalismo científico pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Possui experiência em produção de notícias, reportagens, fotografia, assessoria de comunicação e de imprensa.

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