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Bandeira Escassez Hídrica deixará de vigorar a partir de maio

Ao Canal Solar, ANEEL confirma a informação e revela que a anunciará a bandeira de maio no dia 29 de abril
Bandeira escassez hídrica deixará de vigorar a partir de maio
Tarifa de escassez foi criada para compensar o aumento do custo gerado pela crise hídrica. Foto: Pixabay

A partir de maio, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) deixará de cobrar a bandeira Escassez Hídrica na conta de luz dos brasileiros. A informação foi apurada pelo Canal Solar junto à Agência nesta terça-feira (29).

Em vigor desde setembro do ano passado, a tarifa de escassez foi criada para compensar o aumento do custo gerado pela crise hídrica vivida pelo país naquele momento.

No final de 2021, os reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração hídrica do país, chegaram a operar com menos de 20% da capacidade, o menor nível em 91 anos.

Na ocasião, duas das principais hidrelétricas do subsistema chegaram a operar no volume morto – termo utilizado por especialistas para se referir ao momento em que a água das represas fica abaixo do nível de captação.

Trata-se de uma água que não foi programada para ser usada no dia a dia, mas que funciona como uma espécie de “poupança” em casos de emergência.

De acordo com a ANEEL, a bandeira do mês de maio será divulgada no dia 29 de abril, podendo ser verde, amarela ou vermelha (no patamar 1 ou 2), assim como era antes da criação da tarifa de escassez hídrica.  

Diversificação da matriz 

Atualmente, mais de 80% da matriz energética brasileira é renovável, por meio da geração de fontes hídricas, eólicas, solares, biomassa, entre outras. Apesar disso, estudos destacam que é preciso se atentar para o fato de que uma matriz renovável não é necessariamente sustentável. 

Um bom exemplo disso é o caso das hidrelétricas, que, em momentos de crise hídrica, como foi no ano passado, vêm demonstrando suas limitações em suprir plenamente a demanda energética nacional. 

É neste contexto que Heleno Quevedo de Lima, pesquisador e consultor de projetos de biogás e de energia solar, destaca a necessidade do país trabalhar em prol da diversificação da matriz energética. “Nos últimos anos, tivemos um crescimento expressivo das fontes solar e eólica, o que ajudou a minimizar os impactos da crise hídrica”, disse ele. 

“Com a mudança climática, alguns ciclos de chuva estão mudando e algumas regiões, que antes se esperava maior volume de chuva, agora tem registrado pouca incidência. E isso afeta todo o planejamento do sistema hidrotécnico nacional”, ressaltou. 

Segundo ele, o Brasil deve abrir o olho para novas alternativas estratégicas a fim de evitar com que problemas como os que ocorreram no ano passado voltem a acontecer. 

“Temos que ter estratégias diferenciadas e valorizar a produção, não só em grande escala, de fontes como a energia solar, eólica e biomassa para trazer segurança nacional e previsibilidade ao sistema”, destacou. 

“Quando a gente tem um sistema que consegue prever os riscos, isso ajuda a trazer segurança para os investidores, consumidores e, até mesmo, para o planejamento do crescimento econômico do país, porque existe ali uma demanda de energia que não vai correr o risco de ser comprometida caso uma fonte esteja em falta”, finalizou.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

2 respostas

  1. Vamos eliminar essas bandeiras, com o boom da fotovoltaica ( só o brasileiro acordar para a gratuidade da solar)

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