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Brasil ganha primeira usina solar construída a partir de moeda digital

Previsão é que sejam instaladas 15 plantas fotovoltaicas com capacidade de 1 MW cada, a serem finalizadas até 2025

Autor: 16 de dezembro de 2021Brasil
3 minutos de leitura
Brasil ganha primeira usina solar construída a partir de moeda digital

A usina fotovoltaica tem previsão para ser entregue em dezembro de 2022. Foto: divulgação

Começou a ser construída nesta quarta-feira (15), no município de Itaobim (MG), a primeira usina de energia solar do Brasil com financiamentos oriundos das taxas de transação de uma moeda digital, a EnyCoin (ENY).

Segundo a EnergyPay, responsável pelo projeto, este corresponde ao mais ambicioso empreendimento de energia fotovoltaica integrado a tecnologia blockchain da América do Sul – uma vez que a previsão é que se edifique outras 14 plantas fotovoltaicas, de 1 MW cada, até 2025.

Além de Minas Gerais, as obras serão realizadas, a princípio, na Bahia e no Rio de Janeiro – dois pólos importantes na produção de energia renovável no país.

“Para a conquista da maior estrutura jurídica e de logística internacional do mercado, já foram aplicados mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos”, disse Marcos Silva, CEO da EnergyPay, que auxiliou na inserção dos estados brasileiros na Pauta Internacional da Agenda 2030 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

“Eu dediquei a minha vida às iniciativas da ONU e órgãos governamentais, me preparando para mudar o mundo com um projeto ecoempreendedor como este”, destacou.

A usina construída a partir de moeda digital tem previsão para ser entregue em dezembro de 2022, em um evento que terá, entre os destaques, uma ação social com repasse da arrecadação para pagamento da conta de luz de instituições beneficentes parceiras da EnergyPay.

Leia mais: GD solar deve crescer cerca de 8 GW em 2022

Mais sobre o projeto

A fintech enfatizou que surge como uma solução inovadora para a geração de energia renovável, por meio da “tokenização” dessas plantas solares. Na prática, funciona como se o custo das obras fosse dividido em diversas partes, com vários compradores de tokens.

Sendo assim, as usinas serão construídas em quatro etapas, da seguinte forma: a primeira fase diz respeito à taxa de transação, em que parte da porcentagem será destinada ao empreendimento.

No estágio 2, de “tokenização”, os interessados podem comprar frações das plantas; depois, existe uma etapa dedicada aos compradores privados, em que os grupos receberão propostas diferenciadas para viabilizar as obras.

Por fim, a última fase é voltada ao reinvestimento sobre a produção, até que a meta de construção de 15 MW seja atingida. “Queremos deixar um legado no país e mostrar que o Brasil, além de ser uma potência no segmento de energia solar, é um exportador de soluções tecnológicas”, afirmou Silva.

De acordo com a EnergyPay, além de permitir a propagação da solar para residências, empresas e indústrias, com a “tokenização” de usinas fotovoltaicas, o comprador de ENY tem uma fração da empresa. Isso significa que ele pode ganhar tanto com a valorização do ativo financeiro, quanto com os percentuais da venda de energia.

Disponível na blockchain da Smart Chain, o token é utilizado por meio da tecnologia blockchain, cujo objetivo é trazer segurança e transparência nas transações. Por sua vez, a criptomoeda EnyCoin é um ativo que representa uma geração renovável.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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