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Chegou o verão mais verde da história

O verão de 2023/2024 no Brasil será historicamente verde, com 91% da energia proveniente de fontes renováveis como hidrelétricas, usinas solares e eólicas

Autor: 31 de janeiro de 2024Opinião
3 minutos de leitura
Chegou o verão mais verde da história

Foto: Freepik

Altas temperaturas combinam com recordes no consumo de eletricidade. Foi assim nas ondas recentes de calor e não será diferente neste começo de ano. Mas o verão de 2023/2024 terá uma novidade: será o mais “verde” da história do Brasil, com 91% da demanda por energia sendo suprida por hidrelétricas, usinas solares e eólicas, segundo cálculos de consultorias independentes.

É verdade que muito deste resultado virá das hidrelétricas e seus reservatórios cheios. Mas uma contribuição cada vez mais relevante vem da energia gerada pelo sol e pela força dos ventos.

Após o calor sufocante das últimas semanas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que, em meio a recordes sucessivos no consumo de eletricidade, quem mais ajudou o sistema a segurar as pontas – depois das hidrelétricas, é claro – foi a energia solar.

No dia 11 de novembro, por exemplo, a fonte solar chegou a gerar um pico de 27.435 MW, o equivalente a quase um terço (32,5%) da demanda no momento, às 11h45. Mais do que ajudar a garantir a segurança energética, o crescimento de mais fontes sustentáveis em nossa matriz diminui a nossa dependência das termelétricas – lembra delas?

Se você não sabe, as termelétricas queimam combustível ou gás e, portanto, são uma fonte de energia suja. Elas tiveram um papel muito importante no início dos anos 2000 para garantir o abastecimento de eletricidade à população, quando o Brasil vivia uma seca sem precedentes e a crise do apagão.

A contrapartida do acionamento das termelétricas é que a sua conta de luz fica mais cara imediatamente, com o acréscimo das chamadas bandeiras tarifárias. Mas você já notou que faz tempo que isso não acontece? Parte é porque as hidrelétricas estão dando conta e, agora, contam com o reforço das energias solar e eólica.

Tudo isso é para dizer que, para quem achava que o Brasil já era sustentável “demais”, conseguimos ir além e já figuramos no top 10 dos maiores produtores mundiais de energia solar. O próximo passo é avançar na democratização da energia limpa.

Hoje, um em cada cinco municípios brasileiros (1.187) já tem disponível o que se convencionou chamar de energia por assinatura ou geração compartilhada, no jargão técnico. É aquele modelo que conecta consumidores a pequenas usinas solares, eliminando a necessidade de compra ou instalação de placas solares.

Qual a vantagem disso? É economia todo mês na conta de luz, algo na faixa de 10% a 20%. Só na Lemon Energia, uma das startups mais antigas desse segmento, os pequenos negócios associados ao nosso serviço já pouparam R$ 11 milhões em gastos mensais com energia.

Para completar, todo consumidor que usa um serviço de assinatura de energia está contribuindo para injetar mais energia limpa no sistema elétrico. E mais energia limpa significa menos energia vinda das termelétricas, preços mais previsíveis  e “economia” da água dos reservatórios – viu como tudo se relaciona?

 

Rafael Vignoli

Rafael Vignoli

CEO e cofundador da Lemon Energia

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