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Com um 1/3 da riqueza do país, Agro investe cada vez mais em energia solar

A fonte solar fotovoltaica é uma ferramenta importante para o empreendedor rural. Com ela, ele pode mostrar seu engajamento com a sustentabilidade, já que é uma energia limpa, sustentável e silenciosa. Além disso, não é poluente, não utiliza água e é muito fácil para o produtor usar.

Esta é a avaliação de Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). O executivo destacou as características da energia solar durante o terceiro episódio do podcast Um Lugar ao Sol, que contou a participação de Plínio Nastari, presidente e fundador da Datagro Consultoria.

Sauaia ainda enfatizou as diversas formas de empregar a energia solar no campo. “Quando olhamos as aplicações dos produtores, vemos que são inúmeras atividades diferentes onde a solar está participando. Entre elas, o bombeamento de água, irrigação de plantações, transporte de água para os animais, tanques de piscicultura, refrigeração de leites e carnes, iluminação, partes de cercas elétricas e sistemas de vigilância e comunicação, levando a internet para os produtores”, destacou o executivo.

Assim como o Agro vem crescendo ao longo dos anos, se tornando um dos setores mais ricos do Brasil, com um terço da riqueza do país, a presença da energia solar também vem aumentando no campo.

Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), 13,2% de todos os investimentos em geração solar fotovoltaica de pequeno porte são feitos por produtores rurais, o que representa um investimento acumulado, desde 2012, de R$ 2,3 bilhões.

Assim como Sauaia, Plínio Nastari, também salientou a importância da energia solar em regiões rurais. “Eu acrescentaria todas as aplicações do Rodrigo e uma importantíssima aplicação do plantio e colheita por GPS. Toda essa digitalização depende de torres em locais remotos. Como esses locais, sem ligação elétrica, vão sustentar uma torre em um campo de 10 mil hectares? Tem que ser com energia solar. A modernização do campo e a aplicação de técnicas agrícolas modernas está muito relacionada à utilização dessa tecnologia”, complementou.

Além disso, Plínio ainda destacou a possibilidade de desenvolvimento permeada pela energia solar. “A fonte solar é o que pode levar, por exemplo, a possibilidade de educação à família desses produtores, que estão em regiões remotas, como o acesso à internet e energia elétrica que dá conforto e facilita a vida”, acrescentou Nastari.

Financiamento é essencial para o campo

Ainda para a maior parte das pessoas, apesar de a fonte solar ser um investimento de rápido retorno e longo horizonte de lucratividade, atrelado com benefícios disponibilizados pelos fabricantes, o investimento para a compra de um sistema fotovoltaico é considerado alto.

Tendo isso em vista, foram desenvolvidos financiamentos especialmente para os produtores rurais, como algumas linhas disponíveis no BNDES, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.

Rodrigo Sauaia enfatizou a importância desta opção para os produtores rurais. “O financiamento é fundamental, porque temos aquela ideia de que só pega financiamento quem não tem dinheiro pra investir. Mas, no Agro é muito normal fazer esse empréstimo, ao invés de retirar dinheiro do próprio investimento. O Pronaf do BNDES, por exemplo, que tem apoio do governo, tem 2% de taxa de juros ao ano. Que bom que os pequenos produtores têm um financiamento tão bom para usar no investimento solar” , destacou Sauaia.

Venda de energia pelos produtores rurais

Durante o episódio, Plínio ainda comentou sobre a possibilidade de produtores rurais venderem a energia gerada em suas propriedades. “Quando dois locais diferentes não são abastecidos pela mesma concessionária de energia, essa compensação, hoje, não é possível porque não temos a portabilidade. Esse processo deveria ser facilitado para melhorar ainda mais o investimento nessa área”, explicou Nastari.

Cooperativas têm sido fundamentais para a fonte fotovoltaica

Rodrigo Sauaia ainda destacou a importância das cooperativas e agradeceu à participação desses projetos no setor solar. “As cooperativas de créditos têm tido um papel muito importante para o financiamento de sistemas fotovoltaicos, na área rural e também na área urbana. Isso tem ajudado o setor a avançar junto com muitos segmentos nestes locais”, finalizou Sauaia.

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Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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