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Consórcio europeu quer vender hidrogênio verde ao preço de combustíveis fósseis até 2030

A expectativa é atingir 95 GW de energia solar e 67 GW de capacidade de eletrólise antes mesmo do final desta década

Autor: 18 de fevereiro de 2021Brasil
2 minutos de leitura
Consórcio europeu quer vender hidrogênio verde ao preço de combustíveis fósseis até 2030

O  “HyDeal Ambition”, consórcio europeu formado por 30 players de energia, incluindo a desenvolvedora italiana Falck Renewables e as empresas espanholas Enagás e Naturgy, planeja entregar hidrogênio verde baseado em energia solar a um preço de € 1,50/kg (R$ 9,70/kg) até o final de 2030. 

Hoje, este valor equivale ao custo do hidrogênio cinza – baseado em combustíveis fósseis. A iniciativa pretende atingir 95 GW de energia solar e 67 GW de capacidade de eletrólise antes mesmo do final desta década. 

A expectativa das empresas é fornecer cerca de 3,6 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano aos consumidores dos setores de energia, indústria e mobilidade, por meio da rede de transmissão e armazenamento de gás.

Ao todo, a capacidade solar necessária para gerar essa enorme produção de hidrogênio verde ultrapassa, por exemplo, a da Alemanha – maior produtor de energia solar da Europa – que no final do ano passado alcançou a marca dos 54 GW. 

O hidrogênio verde é um combustível com alto potencial de uso na geração de energia, sendo obtido a partir de fontes renováveis, em um processo no qual não haja a emissão de carbono. 

Avaliação do plano [h2]

Na opinião de Renato Ferreira, especialista em energias renováveis, a iniciativa apresentada pelo consórcio europeu chama a atenção. “Realmente me pareceu ambicioso. O plano europeu anterior falava em coisa de 50 a 60 GW até 2030 e seria liderado pelos governos. Já esse é um plano da iniciativa privada”, destacou.

Para ele, o movimento também é ótimo para o Brasil, já que o país possui as condições necessárias para a produção em larga escala do hidrogênio verde, como terreno, sol e água em abundância. 

“Um investimento destes incentivará os fabricantes a desenvolverem eletrolisadores competitivos e, certamente, o país se tornará um alvo para investimentos. Se conseguirmos acesso à tecnologia, melhor ainda”, ressaltou.

Ferreira frisou ainda que o HVO (diesel verde) vem se mostrando um substituto ao diesel melhor do que o biodiesel e que o Brasil também poderia explorar essa questão. “Com o hidrogênio aqui, podemos exportar HVO a bons preços, aproveitando a sinergia com o agronegócio”, pontuou.

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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