Os brasileiros estão pagando cada vez mais caro na conta de luz — e o cenário deve continuar pressionando o bolso dos consumidores em 2026.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as tarifas residenciais de energia elétrica acumulam alta de 16,42% entre janeiro e setembro de 2025, tornando-se um dos principais itens de impacto na inflação do país.
Agora, um estudo da TR Soluções, empresa especializada em cálculos tarifários, projeta um reajuste médio adicional de 8% nas contas de luz em 2026, considerando a média ponderada das 51 distribuidoras de energia elétrica do país — sem incluir impostos nem bandeiras tarifárias.
Segundo a consultoria, as maiores altas devem ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, com cerca de 9,5%, enquanto o Nordeste deve registrar aumento mais moderado, de 4,4%.
Entre os principais fatores de pressão estão os efeitos da Lei nº 15.235/2025, que foi sancionada na última quarta-feira (8) e ampliou o alcance da TSEE (Tarifa Social de Energia Elétrica), elevando os custos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) ao garantir gratuidade no consumo de até 80 kWh por mês para famílias em situação de vulnerabilidade.
O benefício passou a ser concedido automaticamente para famílias inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa, beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), além de comunidades indígenas e quilombolas.
Outro ponto de atenção é o aumento da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que deve subir cerca de R$ 10/MWh devido à mudança no tratamento da energia proveniente das usinas Angra 1 e 2 — custo que, a partir de agora, será rateado entre todos os consumidores.
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