A inflação oficial do Brasil ficou em 0,24% em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O maior responsável pelo avanço foi a energia elétrica residencial, que subiu 2,96% no mês, pressionada pelo acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 1.
Com o resultado, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 2,99% em 2025 e de 5,35% nos últimos 12 meses — ultrapassando o teto da meta inflacionária estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
O objetivo para este ano é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Com os atuais 5,35%, a inflação já está acima desse limite há seis meses consecutivos — o que, pelas novas regras em vigor desde janeiro, configura oficialmente o descumprimento da meta.
Energia elétrica: a maior pressão inflacionária do ano
Com alta de 6,93% no primeiro semestre, a energia elétrica residencial tem sido o principal item de impacto individual no IPCA de 2025, segundo Fernando Gonçalves, gerente do índice do IBGE.
“Esta variação (conta de luz) é a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi de 8,02% (…) No início do ano, com o bônus de Itaipu, houve queda em janeiro, reversão em fevereiro e, depois, bandeira verde. No mês passado, entrou em vigor a bandeira amarela e, agora, a vermelha”, disse.
Aumento da conta de luz no século é quatro vezes maior que da inflação
Como é calculado o IPCA?
O IPCA é calculado desde 1980 e abrange famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, independentemente da fonte de renda.
O índice cobre dez regiões metropolitanas do país, além das cidades de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Aracaju (SE) e o Distrito Federal.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 30 de junho (referência) com os preços vigentes no período de 01 de maio de 2025 a 29 de maio de 2025 (base).
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