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Decifrando o LCOE: o caminho para sábias escolhas em energia solar

Entenda o que é Livelized Cost Of Energy e como ele serve para a análise de viabilidade do investimento
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Compatibilidade com normas vigentes representa, na prática, um melhor LCOE. Imagem: Freepik

Em um mercado cada vez mais concorrido, no qual a oferta de soluções aos clientes se torna muito diversificada sob a ótica de opções de equipamentos, topologias e serviços, uma pergunta se torna cada vez mais recorrente: como decidir qual é a melhor opção?

Já falei em outras oportunidades que o processo de vendas tem um fundo emocional gigante, no entanto, buscar indicadores “racionais” que sirvam de baliza para a tomada de decisão é importantíssimo e, nesse contexto, o LCOE se apresenta como uma “ferramenta” indicadora de viabilidade e também como uma base comparativa entre “maçã x banana”.

Mas antes de tratarmos sobre isso, é importante frisar que os aspectos analíticos que apresentarei consideram a aquisição de um sistema fotovoltaico como um investimento, desconsiderando outros fatores que por si só já te fariam “assinar o contrato” hoje mesmo, como ganhar mais autonomia para a geração e consumo de energia e participar de um mundo cada vez mais conectado em que a energia elétrica é insumo básico para quase 100% das nossas atividades diárias.

Além de participar de um necessário e irreversível processo de mudança da nossa matriz energética, em que as fontes limpas e renováveis ganham cada vez mais relevância, e diminuir os impactos ambientais do crescente consumo energético ou até mesmo valorizar o seu patrimônio com a instalação de um sistema de energia solar.

E, falando de investimento, é necessário saber que o melhor investimento é aquele que te entregue maiores receitas, com menores custos e menores riscos, como representado a seguir:

Mas afinal, o que é LCOE? Do inglês Livelized Cost Of Energy, LCOE é a sigla para representar o custo nivelado da energia ou, em outras palavras, o valor de cada kWh ao longo do período em que um sistema gerador de energia estiver em operação.

Para chegar nesse valor, basta considerar todos os custos que se apresentarão ao longo do tempo dividido pelo montante de energia que será produzida nesse mesmo período. E quando falamos de todos os custos, deve-se considerar todos os valores envolvidos na aquisição e colocação em operação do sistema (CAPEX) e tudo que será empregado ao longo dos anos para a operação e manutenção (OPEX).

Em um exemplo hipotético, você decide investir em um sistema de energia solar fotovoltaica que custará R$ 10.000,00 já instalado. Esse mesmo sistema tem uma projeção de custos operacionais de 0,5% ao ano que, nos próximos 25 anos, representará R$ 1.250,00. O custo total desse sistema será de R$ 11.250,00. Instalado em seu telhado, esse sistema irá produzir o equivalente a 18.000 kWh em 25 anos.

O LCOE desse sistema será calculado da seguinte maneira:

LCOE= R$ 11.250 / 18.000 = R$ 0,62/kWh

Ou seja, cada kWh gerado pelo seu sistema fotovoltaico hipotético custará R$ 0,62. Se criarmos um cenário comparativo, considerando que o valor de kWh que você paga na sua fatura de energia elétrica é de R$ 0,89, nesse exemplo hipotético cada kWh gerado pelo seu sistema fotovoltaico custa 30% menos que o valor pago para a distribuidora de energia, em valor presente.

Se você entendeu o que é o LCOE e como ele serve para a análise de viabilidade do investimento, ficará simples perceber quais fatores impactam para tornar o kWh do seu sistema fotovoltaico cada vez mais barato, gerando a melhor relação custo x benefício para o seu investimento, o que lhe permitirá tomar a melhor decisão frente a várias opções que lhe serão apresentadas.

A seguir, listo as principais considerações que você deve fazer para tomar a melhor decisão, baseado no LCOE do seu sistema:

  1. Busque os melhores equipamentos e não os mais baratos

Pagar mais barato de início não significa pagar mais barato ao longo do tempo. Equipamentos de baixa qualidade possuem maior custo operacional e menor capacidade de geração de energia, o que fará o seu kWh ficar mais caro e te trará menos economia.

  1. A qualidade dos serviços é fator chave para o sucesso do seu investimento

De nada adiantará adquirir bons equipamentos se o projeto e a instalação do seu sistema não forem de alta qualidade e não atenderem normas técnicas e de segurança. Procure sempre empresas com profissionais qualificados, com um bom portfólio de instalações ou boas referências mercadológicas e que trabalhem com empresas parceiras de excelente reputação e alto valor agregado.

Boa qualidade nos serviços gera uma redução significativa no custo operacional do seu sistema e faz com que ele performe melhor, gerando mais energia.

  1. A garantia dos equipamentos faz toda a diferença

Se o seu sistema fotovoltaico irá durar, no mínimo, 25 anos produzindo energia, quanto maior for a garantia dos equipamentos menor serão os seus gastos ao longo desse período, Além dos painéis solares, contar com as melhores garantias para os inversores / microinversores / otimizadores de potência é fundamental para a rentabilização do seu investimento.

E é claro que, além de uma longa garantia, é imprescindível que a empresa instaladora que lhe atenderá conte com um distribuidor que ofereça garantia local, como é o caso da Ecori com os microinversores da APsystems, que tem seu atendimento realizado integralmente aqui no Brasil. Já imaginou daqui a 10 anos precisar entrar em contato com o fabricante dos seus equipamentos em algum lugar do mundo para solicitar a garantia? É melhor não imaginar e se precaver para que isso não seja necessário.

  1. Melhor tecnologia = Maior lucratividade

Procure sempre por equipamentos que disponham de alta tecnologia, como os microinversores da APsystems ou os otimizadores de potência da SolarEdge, que não se tornarão obsoletos rapidamente. Com o rápido desenvolvimento tecnológico deste mercado que está em frequente expansão, contar com alta tecnologia é sinônimo de redução de custos e aumento de receitas, tudo isso com menos riscos.

  1. Procure sempre uma empresa que te ofereça uma venda consultiva

Atualmente, todos já sabem que investir em um sistema de energia solar é extremante viável. O que talvez nem todos saibam é que energia solar não é tudo igual e existem inúmeras possibilidades para que o seu sistema seja o melhor possível para as suas necessidades.

Nesse contexto, é necessário que você busque empresas que não simplesmente lhe farão uma venda, mas, muito além disso, identificarão as suas necessidades, as suas dores, para lhe apresentar a melhor solução.

A melhor e mais rentável solução é aquela que atende as suas necessidades e nem sempre aquela que o vendedor diz ser a melhor sem fundamentação.

  1. Trate segurança como um valor inegociável

Você está disposto a assumir passivos enormes e colocar seu investimento sob altos riscos? Eu creio que não e por isso afirmo categoricamente que, para um sistema gerador de energia, como é o caso dos sistemas fotovoltaicos, segurança não se negocia.

Uma vez que você pretende fazer com que o seu kWh gerado seja o mais barato possível, não é admissível aumentar seus riscos e seus custos operacionais por falta de segurança elétrica, tecnológica e/ou normativa.

Alto nível de segurança e compatibilidade com normas vigentes representa, na prática, um melhor LCOE. Você irá se deparar com inúmeras propostas para a instalação do seu sistema de energia solar e saber decidir de maneira consciente e racional, utilizando o LCOE para definir qual é a melhor dentre todas as opções, tornará a sua escolha uma tarefa mais fácil, assertiva e segura.


As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

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Rodrigo Matias
Diretor Comercial na Ecori Energia Solar. Especialista em vendas de soluções MLPE, iniciou em 2015 sua trajetória no mercado GD como integrador e instalador. Formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações pelo Centro Universitário Salesiano - UNISAL e Técnico em Eletrotécnica pelo Centro Paula Souza, acumula experiências internacionais nos mercados europeus (Itália) e asiático (China), além de uma passagem pela maior distribuidora de energia elétrica do país como gestor de pós vendas e sucesso do cliente.

Uma resposta

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