Um novo ebook técnico foi lançado com foco no aterramento de usinas fotovoltaicas, reunindo conceitos normativos, fundamentos de engenharia e recomendações práticas para projetos que envolvem desde a microgeração distribuída até plantas de geração centralizada.
A publicação é assinada por Paulo Edmundo Freire, engenheiro eletricista e Mestre em Sistemas de Potência pela PUC-RJ; Geraldo Silveira, mestre em Engenharia Elétrica pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e gerente de Engenharia na CS Consultoria; e pelo GRUPO INTELLI, que atua nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia e sistemas de aterramento.
Os especialistas do setor elétrico propõem um guia completo para profissionais envolvidos no projeto, execução e comissionamento de sistemas fotovoltaicos no Brasil. O material começa diferenciando os tipos de sistemas – GFV (gerador fotovoltaico), UFV-GD (geração distribuída) e UFV-GC (geração centralizada) – e discute a ausência de nomenclatura formal nas normas da ABNT, propondo uma distinção técnica essencial para aplicação adequada das diretrizes.
Normas e requisitos técnicos
Entre os destaques, o eBook apresenta as principais normas aplicáveis aos sistemas de aterramento, como a NBR 5419, NBR 16690, NBR 7117, além de referências internacionais como a IEC/TS 62738 e IEEE 2778. São tratados temas como a proteção contra descargas atmosféricas, requisitos de projeto elétrico, modelagem geoelétrica e resistividade do solo.
Para os projetos de UFVs, o conteúdo reforça a importância de modelagens específicas baseadas em dados reais do solo e destaca a necessidade de sondagens geoelétricas profundas e bem distribuídas, especialmente em grandes áreas com topologia irregular.
Segurança, desempenho e comissionamento
O eBook dedica uma parte significativa ao tema da segurança humana, abordando critérios de tensão de toque, EPI e recomendações para o aterramento da cerca perimetral das usinas. Também são detalhados os principais parâmetros de desempenho de malhas de aterramento – como impedância, elevação do potencial de terra (GPR) e tensões de toque – e a importância do uso de softwares avançados para simulação precisa.
Um ponto central é o alerta sobre a limitação de medições diretas após a implantação do sistema. Segundo a publicação, “faça o melhor projeto de aterramento possível, porque não será possível medi-lo adequadamente depois”, em referência direta ao que preconiza a IEEE 2778 para grandes instalações.
Materiais e boas práticas
O conteúdo ainda explora o uso adequado de materiais, como hastes de aço cobreado, cabos bimetálicos e métodos de conexão (solda exotérmica ou compressão), desaconselhando o uso de aço zincado por sua baixa durabilidade e falta de conectores definitivos no mercado nacional.
Por fim, são discutidos os conceitos de Sistema de Aterramento Local e Global, com base na norma EN 50522, aplicáveis à integração dos diversos elementos da planta – como subestações, eletrocentros e arranjos fotovoltaicos – em um sistema seguro e funcional.
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