ANEEL surprises DG sector in meeting on updating REN 482

The meeting was held this Friday during a meeting with entities from the electricity sector

Durante encontro virtual com associações do setor elétrico nesta sexta-feira (19), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentou sua visão sobre como pode se dar a nova proposta de revisão da REN 482 (Resolução Normativa n.º 482/2012). 

A reunião foi realizada durante o “Café com GD”, encontro promovido pela ANEEL às sextas-feiras com associações do setor elétrico ligadas ao assunto. Os porta vozes da agência foram os diretores Efrain Cruz, Sandoval Feitosa e Hélvio Guerra.

Entre as associações, estavam a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa) e Abrapch (Associação Brasileira de PCHs e CGHs).

In an exclusive interview with Solar Channel, o presidente da ABGD Carlos Evangelista, relatou como foi o encontro. O executivo esclareceu que logo no início da apresentação a ANEEL mostrou sua visão sobre o que deverá ser feito via projetos de lei e o que deve ser via regulamentação da agência.

Segundo a ANEEL, o SCEE (Sistema de Compensação de Energia Elétrica), o tema mais polêmico da revisão da resolução 482, deverá ser discutido via projeto de lei. Em entrevista à Epbr na última quarta-feira (10), André Pepitone, diretor geral da ANEEL, já havia mencionado esse posicionamento da agência, conforme veiculado pela reportagem do Canal Solar  

“A ANEEL deixou claro que parte de novas instalações, instalações existentes, diferenciação por fontes e novas formas de associação, deverá ser regido por projeto de lei”, relatou Evangelista. 

Após informar que deverá discutir temas relacionados à regulamentação do setor, como B optante, custo de disponibilidade, regras de acesso e atrasos das distribuidoras, a agência apresentou às associações sua visão de como deve ser feito o sistema de compensação, destacando que este tema deverá ser de responsabilidade do Congresso Nacional, citando o PLS 232/2016, que tramita no Legislativo. 

Durante a apresentação da sua visão de como pode ser elaborado o sistema de compensação, a ANEEL propõe que a manutenção das regras para os sistemas instalados seja de até 12 anos.  “A agência disse que quem está com sistema instalado continua a regra como está durante 12 anos. Isso é terrível para quem investiu em energia solar. As regras atuais têm que permanecer por, pelo menos, 25 anos”.

“Primeiro, para fazer coerência com o direito adquirido, e segundo porque é o tempo de duração de um sistema. Tem vários modelos de negócios que foram instalados considerando que os sistemas estariam funcionando seguindo as regras atuais por 25 anos. Ao mudar este cenário, se destrói diversos negócios”, acrescentou Evangelista.

Esta posição da ANEEL contrapõe com a afirmação de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, feita em 2019 sobre o assunto. “Os contratos que existem vão ser honrados. A ANEEL, em resolução, já mencionava que esse incentivo seria por 25 anos e isso será respeitado. Vamos trabalhar junto com o Congresso, como já estamos, para que haja uma transição neste período, que vai até 2040, para que todos os consumidores sejam beneficiados”, conforme reportagem da Agência Estado.

Ademais, a agência citou que será feito uma valoração das fontes, porém não explicou como este processo se dará. A ANEEL também sinalizou durante a reunião que, além de consórcio e cooperativa, também terá o condomínio civil voluntário entre os modelos de negócios.

Ainda segundo o presidente da ABGD, a visão do sistema de compensação de energia apresentada pela agência se assemelha à proposta da opção 5, colocada no fim de 2019. “O conteúdo é exatamente o mesmo. É o cenário 5 de 2019, só que agora com uma transição. No primeiro e segundo ano, 60%. No terceiro e quarto ano, 50%. No quinto e sexto ano, 30%, e no sétimo e oitavo ano, 10%.”, conta Evangelista.

Para Hewerton Martins, presidente do MSL (Movimento Solar Livre), não há nada de novo na apresentação da ANEEL. “A associação Movimento Solar Livre não identificou nada de novo na proposta da Aneel em relação ao que foi apresentado em outubro de 2019, quando apresentou aos consumidores a chamada alternativa 5, propondo taxar em mais de 60% quem produz sua própria energia em casa”, destacou.

“ANEEL via seu diretor em matéria publicada no Canal Solar em 15 de fevereiro, ou seja, há 5 dias, se dizia favorável a Geração Solar Distribuída, o que apresentaram verbalmente hoje é a mesma proposta de 2019 com taxação superior a 60%”, acrescentou.

“O MSL está mobilizando a FAIRES (Frente das Associações e Institutos Regionais de Energia Solar) de cada estado, juntamente com APROSOJA (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) e a associação dos Sebrae Nacional para uma grande mobilização de conscientização dos parlamentares em Brasília nos próximos dias”, concluiu Martins.

“Após o primeiro posicionamento da ANEEL, em 2019, o setor se disponibilizou e vem mantendo por tempos, através de sugestão do próprio INEL, uma sequência de reuniões e interações com a própria agência para esclarecimentos dos ganhos e vantagens à sociedade trazidos pela geração distribuída de energia solar”, destacou Heber Galarce, presidente da INEL.

“Agora, pela segunda vez, não pode ser um equívoco por parte da agência, mas sim uma insistência que retira ganhos de todos os brasileiros. A quem interessa esse posicionamento da ANEEL contrário à energia solar democratizada e, claramente, divergente ao Governo Federal?”, acrescentou o executivo.

Em um comunicado ao setor solar, a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) afirmou que “a proposta não favorece o desenvolvimento da GDFV (geração distribuída solar fotovoltaica) no Brasil”.

Por meio de um vídeo veiculado nas redes sociais, Bárbara Rubim, vice-presidente de Geração Distribuída da ABSOLAR disse que “apesar de ainda ser um rascunho, ou seja, não é a proposta final da agência e nem significa que vai ser a proposta que vai ser debatida e discutida no Congresso Nacional. É muito importante que nós, enquanto setores, estejamos unidos e preparados para apresentar nossas contribuições a esse material”.

Com o objetivo de discutir o tema e enviar sugestões à ANEEL, a ABSOLAR vai realizar uma reunião online na próxima terça-feira (23), às 16h30. O evento será aberto. Na próxima quarta-feira (24), a ANEEL deverá se reunir com as associações para receber contribuições sobre a sua apresentação desta sexta-feira. 

Picture of Ericka Araújo
Ericka Araújo
Head of journalism at Canal Solar. Presenter of Papo Solar. Since 2020, it has been following the photovoltaic market. He has experience in podcast production, interview programs and writing journalistic articles. In 2019, he received the 2019 Tropical Journalist Award from SBMT and the FEAC Journalism Award.

29 Responses

  1. Uma minoria de empresários e políticos todos corruptos pressionaram o governo pra liberar construções de mais hidrelétricas, e foi negado devido a pressão dos países de 1° mundo pedindo preservação do meio ambiente.
    Hidrelétricas perdem cerca de 50% da energia gerada no transporte dessa energia na rede até o destino, e esse prejuízo quem paga é o consumidor final.
    Como os corruptos não conseguiram liberação pra construir mais hidrelétricas, então estão tentando colapsar a energia no Brasil inviabilizando a GD, pra depois dizerem ao governo,mídia e pro povo : “Olha… Tá faltando energia, a GD não tá ajudando, precisamos fazer mais hidrelétricas”.

    Coisa de 3° mundo onde corruptos não são punidos, e uma minoria enriquece e concentra riqueza na mão de poucos .

    A discussão chegando ao STJ,STF , é de duvidar se vão agir segundo as leis, CF, ,normas,leis, pois eles já tem histórico de decidir coisas passando por cima de tudo, corrupto é o que mais tem no STJ e STF.

    Ou ficarem postergando pra definir, e fazendo vista grossa com as companhias que cobram taxas,impostos que não deveriam cobrar.

  2. Eu acredito que o lobby que as concessionárias de energia estão fazendo, é porque elas não querem perder a mamata, de ganhar dinheiro alto, prestando um serviço de péssima qualidade, com um preço astronômico!! Por isso essa pressão toda!! Daqui a pouco, vão querer tarifar o ar que nós respiramos!! Isso é um absurdo!!

  3. Os argumentos são porque ? Se sempre estão reclamando da situação das hidroelétricas e estão sempre aumentando o valor da energia, hj tem uma nova possibilidade de gerar energia o que mais eles querem, claro,eles querem que nós produza e eles continuem nos cobrando, gostaria que alguém da ANEEL viesse a publico para explicar a conta de energia detalhada, e não nos enganar com fazem a muito tempo. Gostaria de que as pessoas que trabalham em algum órgão público soubessem que são nossos funcionários e não nossos patrões, sejam mais humanos.

  4. É , muito preocupante essa visao previsivel do governo ,retirando a possibilidade de se diminuir o custo de produçao , tanto no campo como nas cidades.

  5. Meu nome é Edevar.
    Temos que assumir de vez o comando da ANEL. só assim teremos um futuro promissor no setor.

  6. Eu tenho interesse de trabalhar com o sistema.
    A ANEEl não está preocupado em Energia Limpa e sim de taxar os 60% para bloquear as vendas do setor fotovoltaico.
    Espero que o Congresso Nacional não seja corrupto em suas decisões.
    Não há projeto.para crise hídrica .

  7. Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, feita em 2019 sobre o assunto. “Os contratos que existem vão ser honrados.”

    Deveria deixar claro que contratos serão honrados? É o prazode 25 anos após instalação? E o periodo de cerca de 12 anos dados para o sistema GD?

  8. Absurdo o que a ANNEL esta propondo. Esta claro que existe uma grande pressão das empresas distribuidoras que deixam de arrecadar, e esquecem que com as instalacoes GD as empresas deixam de investir em reforço de redes, desmembramentos de circuitos e o principal protegem a natureza com a poluição das usinas térmicas e a construção de barragens.

  9. Deveria deixar claro o que representa esses 62% de aumento de custo… apresentado pela anel?

    Exemplo hoje se voce tem um gasto de cerca de 100 reais por utilizar a rede de energia! Quanto pagraria a mais se a media de consumo representar 600 reais no siatema padrão?…Sem ser ser o GD? Qual o valor em reais?

  10. E incrivel mal esta comecando a alavancar o sistema fotovoltaico, eles ja sentiram a perda de faturamento, ogora tem que explorar o que e dectodos o sol,;brimcadeira

  11. A ANEEL colocou um bode na sala, e muitos podem não ter percebido isso. Ali na frente, fica mais fácil para os interesses anti-GD aprovarem o que quiserem. Agora, tudo isso deveria abrir o caminho para os sistemas off-grid.

  12. O Brasil, único país onde o corporativismo impõe regras que desestimulam. O avanço tecnológico de um setor que mundialmente os governos sensatos provém o estímulo. É inadmissível propôr tal taxação sobre a energia solar disponível gratuitamente na mãe natureza. O poder corporativo é imensurável quando se trata de se promover soluções que mexem para melhor na economia dos contribuintes. O governo deveria interceder em favor da GDFV.

  13. Nesse país é difícil trabalhar honestamente, sempre tem algum órgão do governo pra atrapalhar, daí muitos tem que fazer falcatruas pra sobreviver, sonegar, fazer “gatos” etc. É uma vergonha esse país. Só corruptos ganham, políticos, empresários mercenários e outros. Estou indignado.

  14. Acredito ser um absurdo este modelo de taxação, haja visto que precisamos incentivar cada vez mais os consumidores a utilizar métodos de energia limpa, estamos na contra mão da auto suficiência.
    O governo como sempre tem que lamber parte do dinheiro, não é barato para a classe baixa adquirir recursos, e ainda vem eles querendo cobrar.

  15. Taxar a geração distribuída na minha opinião é um grande absurdo!
    A rede já estava lá, já pagamos uma conta mínima mesmo sem consumo, pagamos iluminação pública de péssima qualidade, ISS, ICMS e estão querendo taxar mais, deveriam se preocupar em diminuir custos e melhorar os serviços. A geração distribuída não pode levar a culpa pela incompetência do setor elétrico do Brasil.

  16. O Brasil anda na contramão do mundo. O país só cresce se tiver oferta de energia. Com a evolução tecnologia vem o aumento da demanda por eletricidade. Se continuar reduzindo incentivo para GD podemos terminar com apagões e racionamento.
    Lamentável

  17. AS REPRESAS CADA VEZ MAIS VAZIAS, O GOVERNO NAO TEM DINHEIRO P INVESTIMENTO EM NOVAS HIDROELÉTRICAS SENDO A GERAÇÃO DISTRIBUIDA, PRINCIPALMENTE SOLAR A UNICA QUE PODE AJUDAR O SISTEMA ENERGÉTICO DO BRASIL A NAO COLAPSAR, E A ANEEL QUERENDO INVIABILIZAR. QUEM É BENEFICIADO COM ESTA PROPOSTA DA ANEEL?

  18. Assim como para mim e a grande maioria da população brasileira, o entendimento é de que querem continuar com a exploração do nosso povo, onde a terra é rica e o sol mais abundante em nosso país comparado a outros países.
    O que mais se ouve é dizer que está chovendo pouco e risco de apagão. Então por que não incentivar ainda mais a GD?
    Pode até taxar, mas 60% É ROUBO ! !
    A POPULAÇÃO EM GERAL TEM QUE SE INFORMAR DA IMPORTÂNCIA DA GD

  19. Essas empresas,o governo as políticas desse país, deveriam ser levada maís a sério, mas só posicionam contra o povo,que tem instalado GD, energia fotovoltaica, não está prejudicando ninguém,muito ao contrário, estamos ajudando a melhorar o desempenho da rede. Mas Aqui nesse país como eu disse, sempre acham uma forma de punir o povo.

  20. Por que tolher os investidores em fontes alternativas de energia que podem garantir o abastecimento para a distribuição de energia elétrica a toda a população? Isto seria uma solução para o Brasil de dimensões continentais e população tão dispersa. Por que dificultar quem deseja investir nisto???!!!

  21. É importante a participação das entidades nesse processo. A Annel deve incentivar o setor, facilitando todos os processos sem acrescentar custos e empecilhos, a GD deverá ser muito importante no processo econômico, tanto famíliar como institucional.

  22. Mais uma vez do mesmo.
    Novos assaltos, novas intimidações e novas formas de coacao.
    As distribuidoras que comercializam o excedente de energia sem qualquer remuneração para o produtor, economizam na aquisição de energia junto as hidrelétricas e geradoras térmicas.
    O autoprodutor de energia realiza todo o investimento e acaba sendo penalizado por isso. Quando irá acabar a exploração?
    Na sombra criaram o ICMS sobre a TUSD na DG. Foi um golpe sorrateiro sem aviso prévio.
    Há uma solução radical que fará as distribuidoras se arrependerem amargamente.
    É só esperar. Está muito próximo.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Receive the latest news

Subscribe to our weekly newsletter