Energia solar ganha espaço em escolas públicas em todo país

Tecnologia proporciona economia, sustentabilidade, consciência ambiental e conforto para os alunos
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Escola de Ensino Fundamental e Médio Doutor Gentil Barreira, localizada em Fortaleza. Foto: Tiago Stille/Governo do Ceará

O uso de sistemas de energia solar em escolas públicas tem se tornado uma realidade cada vez mais presente em todo o país. Aos poucos, prefeituras e governos estaduais estão investindo na tecnologia em busca de economia e sustentabilidade. Exemplos não faltam.

No Ceará, 32 colégios públicos estão sendo equipados com sistemas fotovoltaicos. A expectativa é que ocorra uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão por ano com o pagamento de tarifas de energia elétrica. As obras contam com investimento de R$ 8,8 milhões, com recursos obtidos por meio do Fiee (Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída do Ceará).

Em Manaus (AM), oito unidades de ensino da prefeitura, na região do Rio Negro, zona rebeirinha da cidade, também vão receber energia solar. A escola municipal indígena Kanata T. Ykua, na comunidade Três Unidos, foi a primeira a receber a instalação da tecnologia. As próximas serão as escolas Kunyana Putira; Puranga Pisasú; Rui Barbosa; Francisco Diogo de Melo; Bom Jesus; São Sebastião e Figueiredo Pimentel.

Na Bahia, a prefeitura de Teixeira Freitas instalou 536 painéis em quatro escolas públicas, mas a produção de energia, de aproximadamente 8.500 kWh, conseguirá atender a demanda de seis unidades.

No município de Serra foi instalada a primeira usina em escola pública do estado do Espírito Santo. O sistema com 22 painéis de 550 Wp foi construído na escola CMEI Vantuil Raimundo, no bairro de Lagoa de Jacaraípe.

Em Três Passos, no Rio Grande do Sul, a prefeitura concluiu a instalação de placas solares em 18 escolas municipais, sendo dez de Educação Infantil e oito de Ensino Fundamental. O investimento total para instalação foi de R$ 950,1 mil.

Com investimento de R$ 150 mil, o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Gama foi a primeira escola pública do Distrito Federal a receber um sistema de energia solar. Ao total, foram instalados 80 painéis, com uma previsão de economia de R$ 48 mil por ano.

O Governo do Rio Grande do Norte também está apostando na tecnologia para gerar energia limpa e renovável. O estado assinou um acordo de cooperação com a Neoenergia para viabilizar a instalação de placas solares em todas as 620 escolas que compõem a rede estadual de ensino. A previsão era que as primeiras usinas entrassem em operação no início de 2022.

Com um investimento de R$ 12 milhões, a EMEB Joaquim Candelário de Freitas, em Jundiaí, no interior de São Paulo, foi a primeira escola do município a contar com um sistema solar. A usina de 72,36 KWp conta com 171 painéis solares.

Em Rondônia, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental substituiu um motor a diesel por uma usina solar na Escola Municipal João da Mata, localizada na Reserva Extrativista do Rio Pacaás Novos.

O governo do Paraná também anunciou que iria instalar sistemas solares em 224 escolas, com um investimento estimado em R$ 46 milhões.

Pelo sistema de monitoramento da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), não é possível saber quantas escolas públicas já contam com energia solar.

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Uma resposta

  1. Prezados senhores, essa reportagem faz-me citar que nos idos de 2002 fiz um documento como ditetor adjunto da escola técnica República/Faetec da Secretaria de Ciências, Tecnologias e Inovações do Estado do Rio de Janeiro, uma unidade com 4 mil alunos nos três turnos, que foi encaminhado à direção onde desenvolvi um projeto de eficiência energética. Lamentavelmente, fizeram ouvido de marcador. Sabe por quê. Porque os componentes da direção são indicação política. Voltei a sugerir, anos depois, a implantação de sistema geração fotovoltaica. Confesso que não sei se conseguir sensibilizar porque me aposentei como professor em 2012. Enfim, a inércia no nosso pais é elefantoide, o que temos novamente lamentar. Esses projetos são polarizadores, sobretudo, para a novas gerações.

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