Especialista esclarece processo de certificação de inversores fotovoltaicos

Os europeus possuem a certificação europeia,os Estados Unidos a americana e no Brasil tem o INMETRO que faz a certificação

Uma dúvida que integradores e distribuidores têm em relação ao INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) é o processo de certificação para inversores fotovoltaicos, que possui um prazo de quatro anos.

Para William Bonjardim, supervisor da área comercial e de marketing da Yes Certificações, essa é uma questão bastante pertinente, pois, segundo ele, há uma falha na digitação das portarias.

O especialista participou do podcast Papo Solar e comentou que existe um prazo de validade teórico e prático. “O teórico considera um ciclo de quatro anos, porém a portaria segmenta essa validade ao cumprimento das manutenções de certificação”.

“Mas o que é uma manutenção? Todo ano, no processo fotovoltaico, é preciso atualizar o relatório de testes, com validade de 12 meses. Então, nos anos posteriores a concessão do registro, orientamos que as empresas busquem um laboratório nacional e façam os ensaios em pelo menos um representante da família para que seja atualizado o registro. Com esse relatório, no processo que era feito anteriormente, se ele não fosse anexado na tarefa de manutenção do sistema o registro era suspenso e, passado seis meses, era cancelado”, explicou Bonjardim.

Portanto, de acordo com o especialista, a validade prática dos produtos é de um ano. “E hoje, como o processo vai se comportar? Sugerimos que, mesmo que não seja obrigatório atualizar o registro, os clientes permaneçam fazendo os ensaios anualmente. Caso o INMETRO, do dia para noite – acontece, infelizmente – mude algum procedimento ou suspenda o registro por algum motivo, você terá documento que te respalda, que te assegura e resolve teoricamente a situação com algumas ações”, acrescentou.

Processos de certificação no exterior

Durante o podcast, William Bonjardim comentou ainda que cada país tem uma regra quanto a importação e exportação de produtos. “Os europeus possuem a certificação europeia. Os Estados Unidos a americana e no Brasil tem o INMETRO que faz a certificação. Como as normas de ensaios são internacionais, caso você apresente o relatório de ensaio que demostre que o produtos estão dentro da norma, os outros países deverão aceitar”.

De acordo com o executivo, o Brasil é um dos países com maior criteriosidade para seus órgãos regulatórios. “É um país que imputa mais burocracias para que as empresas sejam importadoras”, concluiu.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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