Nos últimos meses, surgiram discussões no mercado fotovoltaico sobre a necessidade de utilizar dispositivos de proteção externa, como a string box, em instalações de energia solar. Alguns fabricantes de inversores têm manifestado uma visão contrária, argumentando que o uso desses dispositivos poderia comprometer a garantia ou o funcionamento dos inversores.
Essas posições, no entanto, geram dúvidas entre consumidores e profissionais quanto à proteção adequada para os sistemas. Com o objetivo de oferecer uma análise técnica sobre o tema, a UPE (Universidade de Pernambuco), em parceria com a CLAMPER, realizou um estudo experimental focado no impacto dos dispositivos de proteção contra surtos (DPS) externo no prolongamento da vida útil dos inversores e dos sistemas fotovoltaicos residenciais.
Foram avaliados dois modelos de inversores de 3 kW, identificados como “A” e “B”, de fabricantes distintos, que foram submetidos a até 100 impulsos elétricos limitados a 4 kA. Esses impulsos foram aplicados:
- Na entrada de corrente contínua (CC);
- Na saída de corrente alternada (CA).
Quando os inversores foram testados sem a proteção do DPS externo, os resultados mostraram baixa suportabilidade dos equipamentos aos impulsos aplicados:
- Na saída CA, os modelos “A” e “B” falharam, em média, antes do 8º impulso;
- Na entrada CC, os modelos falharam ainda mais rapidamente, sendo que um dos modelos falhou logo no 1º impulso.
De acordo com a CLAMPER, esses números destacam a vulnerabilidade dos inversores ao enfrentarem surtos elétricos sem a proteção externa adequada, especialmente em regiões com alta incidência de descargas atmosféricas.
Eficácia do DPS: mais de 93% de proteção
Ao adicionar o DPS externo, ambos os modelos suportaram os 100 impulsos aplicados, tanto na entrada CC quanto na saída CA, mostrando a robustez adicionada por esse dispositivo.
Além disso, o estudo revelou que o DPS externo foi capaz de desviar mais de 93,6% da energia dos impulsos, reduzindo substancialmente o efeito dos surtos nos inversores. “Esse fator é crucial para evitar falhas prematuras, especialmente em sistemas solares onde a confiabilidade e a durabilidade dos equipamentos são essenciais”, enfatizou a fabricante.
Proteção com investimento reduzido
Outro ponto destacado pela pesquisa é que o custo da proteção externa é muito baixo em relação ao valor do inversor, tornando-se uma alternativa econômica e altamente eficiente para reduzir gastos futuros com manutenções ou substituições de equipamentos.
Essa medida, conforme a companhia, além de ser uma solução acessível, contribui para a sustentabilidade dos sistemas fotovoltaicos, evitando o acúmulo de resíduos eletrônicos decorrentes da substituição prematura de inversores danificados.
Conclusão
O estudo concluiu que a utilização de DPS externo em usinas solares é uma prática indispensável para prolongar a vida útil dos inversores. “Em um mercado que requer cada vez mais segurança e confiabilidade, o DPS externo representa uma solução eficaz para proteger o investimento em energia solar e assegurar que os inversores resistam aos desafios de surtos elétricos”.
“Com esses dados em mãos, consumidores, integradores e distribuidores podem tomar decisões mais informadas e seguras sobre a proteção de suas instalações fotovoltaicas, apostando na durabilidade e eficiência dos equipamentos”, concluiu a CLAMPER.
Confira a pesquisa na íntegra no site da CLAMPER: https://clamper.com.br/dpsprodutos/artigos-estudos/universidade-de-pernambuco-upe/
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