Financiamento corporativo para energia solar recua 39% no 1º semestre de 2025

Relatório aponta cenário de ajuste no setor com menos capital e mais fusões
Financiamento corporativo para energia solar recua 39% no 1º semestre de 2025
Foto: Freepik

Um relatório divulgado pela consultoria Mercom Capital Group identificou que o volume global de financiamento corporativo para energia solar, somou US$ 10,8 bilhões no primeiro semestre de 2025 – uma queda de 39% em relação aos US$ 17,6 bilhões registrados no mesmo período de 2024.

Essa queda é atribuída, principalmente, a um cenário de instabilidade regulatória, desaceleração econômica e incertezas no mercado financeiro – fatores que teriam impactado diretamente a disposição de investidores e credores em investir no setor solar, mesmo com sua crescente importância.

O financiamento corporativo para energia solar é uma das principais formas de viabilizar projetos do setor em empresas, seja para instalação de sistemas próprios ou para o desenvolvimento de grandes usinas. A análise detalhada do relatório mostra ainda que todas as principais formas de financiamento corporativo foram impactadas.

Os financiamentos via mercado público, como ofertas de ações e debêntures, despencou 73%. Os empréstimos corporativos via dívida recuaram 41%, enquanto que a VC (Venture Capital), caiu 7% frente ao mesmo período do ano anterior.

Apesar da retração geral, algumas empresas conseguiram atrair grandes aportes de capital, como a Origis Energy, Silicon Ranch e Terabase, todas dos Estados Unidos, além de startups europeias, como Enpal (Alemanha) e Solveo Energies (França).

Para Raj Prabhu, CEO da Mercom Capital Group, o momento é de “recalibragem em tempo real”. Apesar do freio nos investimentos, o executivo destaca que esse período de ajuste abre novas oportunidades, especialmente para empresas com estrutura sólida e bons projetos em mãos.

M&A e consolidação como resposta

Enquanto o financiamento direto recua, o M&A (mercado de fusões e aquisições) no setor de energia solar teve uma alta de 25%, com 50 transações no primeiro semestre de 2025.

Segundo o estudo, isso indica um movimento de consolidação, com empresas aproveitando a desvalorização de ativos ou buscando ganho de escala para enfrentar o momento desafiador.

Além disso, foram registradas 106 aquisições de projetos solares em desenvolvimento, totalizando 19,9 GW em capacidade, superando o volume do mesmo período de 2024 (18,5 GW), mesmo com menor número de transações.

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Caique Amorim
Estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tenho experiência na produção de matérias jornalísticas.

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